No caso desta escolha do PS-M a minha dúvida reside na estranheza de ter sido escolhida uma pessoa, jovem, médica, mas que não tinha nenhuma actividade política conhecida e que acho que porventura nunca passou por nenhuma outra candidatura. Acresce que o facto de não residir na Madeira, segundo noticiado (embora isso não seja argumento de peso como as legislativas de 2015 o demonstraram...), também não ajuda se eventualmente a intenção era - e acredito que fosse e seja - a de captar eleitorado jovem que não vota nas europeias e que depois usa isso como trampolim para também não votar noutras eleições.
Se por um lado percebo que os partidos queiram recuperar os jovens para que eles voltem de novo a votar, já não compreendo os riscos que eles correm ao desvalorizar a militância partidária - algo que os partidos tanto se queixam, por casa da falta dela - apesar das eleições europeias, ao contrário das outras, serem um laboratório propício a mudanças de nomes, dado o crónico distanciamento da candidatura europeia face aos eleitores algo que resulta do modelo eleitoral adoptado em Portugal que serve os partidos e os seus interesses e jogos de bastidores mas que alimenta uma abstenção vergonhosa e que devia cobrir de vergonha quem é eleito num cenário desses. Por exemplo, como é que os Açores reclamam lugares de destaque nas candidaturas se nas europeias de 2014, com culpa dos partidos, a participação dos eleitores açorianos ficou abaixo dos 20%? (LFM)
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