O vereador do PSD na Câmara do Porto Moniz renunciou ao mandato. Acho que fez bem, porventura devia tê-lo feito logo depois de ter tomado posse. De facto foi uma aposta falhada, o fracasso eleitoral foi de tal modo destruidor que muitos internamente - e ficarei à espera dos resultados eleitorais deste ano - que acho que o PSD no Porto Moniz ainda não conseguiu refazer-se do impacto dessa derrota. Repito, o vereador acabou por fazer bem, pois apesar de ser uma pessoa conhecia - como foi garantido pelos que o escolheram - isso não chegou. Acresce que temos que reconhecer que desde muito cedo mostrou que não tinha experiência nem tarimba nem a manhosice para um combate político e eleitoral tendo o o experimentado Emanuel Câmara do outro lado e não um desconhecido qualquer. O debate na RTP-M na campanha eleitoral para as autárquicas de 2017 - lembro-me bem - não lhe correu bem, tal como não correu bem a outros candidatos do PSD que acabaram por ter igual destino eleitoral. Sinceramente acho que se atiraram certos candidatos inexperientes às feras sem lhes dar o apoio político devido, porque na realidade o que eles queriam - os protagonistas do processo de decisão - era concluir listas e cumprir as formalidades. Mas há coisas que ou são ditas como devem ser ditas, mesmo que sejam incómodas, ou andamos todos a nos enganar e a fazer papel de parvo. Continuo a pensar, era isso que queria dizer, é isso que vou dizer, que há estruturas do PSD-M que depois das autárquicas de 2017 dificilmente podem ter horizontes sem políticos e eleitorais recomeçarem do zero, com tudo o que isso implica. Não é fechar tudo para abrir dias depois, nada disso. Começar do zero é repensar tudo, propostas, nomes, é escolher os melhores e redefinir a estratégia. Mas se em vez disso andarem preocupados com rotatividades idiotas que não dão votos apenas para dar protagonismos pessoais, não vão longe (LFM)
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