Passos Coelho resolveu recandidatar-se à liderança do PSD, aproveitando o facto de ter amordaçado o PSD, do partido estar completamente desmotivado e desmobilizado e de usar e abusar de ameaças e de procedimentos estatutários punitivos contra todos aqueles que no entendimento dele e da corja que tomou de assalto o PSD nacional, tudo isto em nome de uma causa social, orçamental e económica ultraliberalizadora, que de ideológica nada tem, podem revelar-se um obstáculo.
Para além disso, Passos, aliado do CDS e de Portas no anterior governo, dispõe da certeza do controlo absoluto de uma máquina partidária nas mãos de um vice-presidente a braços com acusações de corrupção e tráfico de influências que colocam em causa a sua idoneidade, pelo menos até que a justiça se digne esclarecer tudo o que foi denunciado. Estamos a falar de uma máquina que controla todo o partido e todos os seus movimentos, neutralizando todos aqueles que "ousam" criticar o poder instituído até que ele seja varrido para bem do PSD.
Obviamente que não recebo lições de coerência política de ninguém. Sou militante do PSD desde os tempos de Sá Carneiro, Maio de 1974, não sou um fundamentalista ideológico mas não me revejo num PSD nacional que foi arrastado por esta corja de oportunistas para a direita, um partido descaracterizado, que hoje nada tem a ver com Sá Carneiro, de quem eles falam por tudo e por nada, mas que não o honram nem o dignificam.
Pura e simplesmente não admito que estes bandalhos oportunistas continuem a querer usar o PSD - que tomaram de assalto graças a acesso privilegiado a informação interna entre outras habilidades propagandísticas - para o colocarem ao serviço de uma causa mafiosa, com ligações maçónicas graves, que pretende condicionar a economia, manipular as finanças públicas etc, tudo em nome da estabilidade das contas públicas. Obviamente que nunca votei em Passos para a liderança do PSD nacional, não o farei agora e penso que se ele tivesse um pingo de vergonha e de dignidade, teria feito o que Portas fez. Melhor, Passos ter-se-ia antecipado e feito o que Portas fez, mas antes de Portas o ter feito.
Recuso ir a um Congresso (também tenho a certeza que não seria convidado pelo PSD-M...) que como veremos não passará de uma palhaçada, numa conjuntura política que é controlada não pelo PSD, mas por uma esquerda unida em torno da fogueira socialista, que vai continuar a brilhar enquanto ela estiver disposta a isso. Uma esquerda que não quer eleições antecipadas e que não acredito venha a dar motivos a Marcelo Rebelo de Sousa para dissolver o parlamento e optar por essa solução extrema. Ou seja, falamos de um Congresso opaco no qual Passos, que será reeleito com mais de 98% dos votos - há partidos que acham que isso é sinónimo de vitalidade e de democraticidade (aliás Sócrates dois meses antes de ter sido derrotado em 2011 foi reeleito com 99% dos votos nas directas socialistas e isso de pouco ou nada lhe serviu para sobreviver politicamente)... - ali chegará com uma mão vazia e outra cheia de coisa nenhuma. Salvo repetir o discurso do costume que esconde uma ânsia de vingança política que vai arrastar o PSD para uma perigosa travessia do deserto.
Recuso ir a um Congresso (também tenho a certeza que não seria convidado pelo PSD-M...) que como veremos não passará de uma palhaçada, numa conjuntura política que é controlada não pelo PSD, mas por uma esquerda unida em torno da fogueira socialista, que vai continuar a brilhar enquanto ela estiver disposta a isso. Uma esquerda que não quer eleições antecipadas e que não acredito venha a dar motivos a Marcelo Rebelo de Sousa para dissolver o parlamento e optar por essa solução extrema. Ou seja, falamos de um Congresso opaco no qual Passos, que será reeleito com mais de 98% dos votos - há partidos que acham que isso é sinónimo de vitalidade e de democraticidade (aliás Sócrates dois meses antes de ter sido derrotado em 2011 foi reeleito com 99% dos votos nas directas socialistas e isso de pouco ou nada lhe serviu para sobreviver politicamente)... - ali chegará com uma mão vazia e outra cheia de coisa nenhuma. Salvo repetir o discurso do costume que esconde uma ânsia de vingança política que vai arrastar o PSD para uma perigosa travessia do deserto.
Finalmente acho que a recandidatura de Passos é um acto de egoísmo pessoal e próprio de um oportunista agarrado ao poder. Passos quer continuar a liderar o PSD para continuar a participar em reuniões do PPE com a direita europeia, no meio da qual ele certamente se sente bem e realizado, provavelmente assumindo uma postura ainda mais servil do que aquela que exibiu vergonhosamente nestes 4 anos de austeridade. E para quê? Para tentar ser recompensado por esse lambebotismo execrável? Por estar disposto a tudo para obter um tacho político algures no lado mais sujo de uma desacreditada Europa? Em Portugal, e fora da política qual o rasto de competência profissional deixado por Passos nas empresas que Ângelo Correia lhe propiciou e que por sinal faliram todas?
Não, eu não voto em Passos, nunca votei nele (LFM)
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