Goste-se
mais ou menos de Lionel Messi ou de Cristiano Ronaldo, a verdade é que os dois
melhores futebolistas do mundo são dos que dão mais espetáculo dentro de campo.
E, às vezes, também fora dele. Como Ronaldo, esta terça-feira ao fim da tarde,
na conferência de imprensa de antevisão do jogo Roma-Real Madrid, dos oitavos
de final da Liga dos Campeões. A
conversa até nem começou mal – “estou muito bem por estar num clube que me dá
carinho, jogo sempre e faço golos de vez em quando, na melhor equipa do mundo”
– mas começou a descambar quando os jornalistas espanhóis falaram sobre o
Barcelona. Ronaldo foi aguentando os golpes... até se levantar e abandonar a
conferência de imprensa.
Round 1: Será que a relação fora de campo de Messi-Suárez-Neymar lhes permite ter um melhor entendimento dentro de campo, ao contrário do que acontece com Ronaldo-Bale-Benzema, que não são propriamente amigos? “Quando estava no Manchester e ganhámos a Liga dos Campeões, quando falava com Giggs, Ferdinand e Scholes, as nossas conversas não eram mais do que ‘bom dia’ e ‘boa noite’. Mas quando estávamos em campo havia um entendimento perfeito. Não preciso de ir jantar com o Benzema ou com o Bale. O que interessa é o que acontece dentro de campo”.
Round
2: O que achaste do penálti de Messi e Suárez? “Sei por que razão é que o Leo
fez aquilo, mas não digo mais nada. Pensem o que quiserem”.
Round
3: Esta época tens marcado menos golos do que o habitual [total de 32 golos,
mas os jornalistas espanhóis dizem que raramente marca nos jogos fora de casa].
“É compreensível que tenham dúvidas. É como um filho: dás-lhe tudo e quando lhe
tiras alguma coisa, ele chora. Espero manter esta ‘má forma’ até ao final da
época”
Round
4: O teu último golo fora esta época foi a 30 de novembro. Por que razão te
está a custar mais marcar fora? [Ronaldo marcou 21 golos em casa e 11 fora – e
não marca fora de Madrid há quatro jogos] “Desde que cheguei a Espanha, diz-me
um jogador que tenha marcado mais golos fora de casa do que eu. Um. [pausa] Não
há. Adeus e obrigado.” O português pegou no casaco, encolheu os ombros,
levantou-se e foi-se embora. O treinador Zinedine Zidane, sentado na cadeira ao
lado, riu-se (texto da jornalista do Expresso, Mariana Cabral)
Sem comentários:
Enviar um comentário