quinta-feira, janeiro 07, 2016

ANA investe 8 milhões de euros nos dois aeroportos da Madeira em 2016

Depois de um ano de crescimentos recordes, gestora aeroportuária anunciou esta quinta-feira que planeia investir 33,5 milhões de euros na Portela. Sobre a infraestrutura complementar à de Lisboa, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas afirmou que o Governo está a aprofundar o estudo do projeto, mas não se comprometeu com a solução Montijo. A gestora aeroportuária ANA, detida pelo grupo francês Vinci, anunciou esta quinta-feira ter atingido um recorde de 38,9 milhões de passageiros em 2015, o que representa um crescimento de 11% face a 2014. O “sucesso global” deste crescimento, segundo a empresa, advém do facto de todos os aeroportos do grupo terem atingido no ano passado os melhores registos de sempre. O Aeroporto de Lisboa ultrapassou os 20 milhões de passageiros, ou seja, uma subida de 10,7% face ao ano anterior. Nos últimos três anos o aeroporto da capital cresceu 4,8 milhões de passageiros, quando nos oitos anos anteriores o incremento tinha sido de 4,6 milhões. O Aeroporto do Porto atingiu 8,1 milhões de passageiros, uma subida de 16,7%, ou seja, 1,2 milhões de passageiros a mais que em 2014. Em Faro, o crescimento foi de 6,4%, para os 6,4 milhões de passageiros, enquanto na Madeira se atingiu os 2,7 milhões de passageiros, mais 6,3% que no ano passado. A maior subida percentual foi registada nos aeroportos dos Açores, onde o crescimento foi de 25,7%, chegando a 1,6 milhões de passageiros. A ANA anunciou também que pretende investir mais de 74 milhões de euros em 2016 nos aeroportos de Lisboa, Faro, Porto, Funchal e Açores com remodelações e reformulações, anunciou o presidente da gestora aeroportuária, Ponce de Leão. No aeroporto de Lisboa, o investimento rondará os 33,5 milhões de euros, prevendo a reformulação das áreas de controlo, melhoria da capacidade de check-in, de despacho de bagagem e do controlo de segurança no terminal 1, que já estão em curso e estarão concluídas em maio. Fruto do aumento da procura das companhias de baixo custo, que utilizam o terminal 2 do Aeroporto de Lisboa, vão também avançar obras neste terminal no valor de 2,6 milhões de euros, que passam pelo aumento da capacidade do controlo de segurança dos passageiros e aumento da área de embarque e de pré-embarque, que deverão estar concluídas já no verão.
"O investimento no terminal 2 não estava previsto, mas num período rápido foram encontradas soluções criativas para resolver o estrangulamento deste terminal", adiantou Ponce Leão. O aeroporto de Faro receberá o segundo maior investimento da ANA este ano, que deverá atingir os 25 milhões de euros, de um total de 35 milhões de euros orçamentados, que prevê uma remodelação profunda do terminal de passageiros. O investimento nos aeroportos dos Açores - que mais cresceram em 2015 na sequência da liberalização do transporte aéreo - será de 5,9 milhões de euros. Já o aeroporto do Funchal receberá melhorias na eficiência operacional, no valor de quatro milhões de euros, e o aeroporto do Porto de 3,9 milhões de euros.
Em declarações aos jornalistas, à margem do anúncio do número de passageiros do aeroporto de Lisboa em 2015, o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, adiantou que "está a ser feito neste momento o estudo das soluções que tinham sido apontadas e em particular de uma solução", referindo-se ao projeto do aeroporto do Montijo, a criar na Base Aérea n.º 6 e complementar ao da Portela (Lisboa).
"Mais cedo do que mais tarde temos que fazer o trabalho de encontrar uma solução", declarou o governante, referindo-se ao aumento do número de passageiros acima do previsto. O anúncio foi feito com pompa e circunstância, no Aeroporto de Lisboa, contando com as presenças do ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e dos presidentes e mais altos representantes da Força Aérea, do Turismo de Portugal, da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), da NAV, da Groundforce, da Portway e da TAP (Expresso, texto da jornalista Margarida Fiúza)

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