Vamos
lá a por as coisas no seu devido lugar. Nas eleições de Setembro de 2013 a
mudança elegeu 5 dos 11 membros do executivo camarário: Cafofo (indicado por
Freitas e pelo PS), Gil Canha (dirigente e antigo vereador na CMF pelo PND),
Filipa Jardim Fernandes ("independente" mas muito próxima do PS,
embora de um sector que não apoia Vitor Freitas), Edgar Silva (próximo do PTP)
e Idalina Perestrelo (independente mas considerada próxima do PS e casada com
Helder Spinola, deputado do PND e irmão do líder do PS, ,embora esta informação
seja apenas uma curiosidade, nada mais que isso).
Imaginando
que Filipa J Fernandes e Edgar Silva renunciam imediatamente - não me parece
plausível que Gil Canha o faça, mesmo que o PND o pressione a tal - quem entra
para o executivo camarário? Domingos Rodrigues (6º) e Andreia Caetano (7º,
atual adjunta de Cafofo, membro do PS e casada com o Presidente da Junta de
Freguesia de São Martinho, do PS, embora esta informação seja apenas uma
curiosidade, nada mais que isso). Se o professor da UMa recusar, como pode
muito bem acontecer, segue-se Maurício Marques, empresário, antigo jornalista,
ligado ao PS e sócio do deputado Carlos Pereira em várias empresas.
Ou
seja, o domínio político do PS passa a ser efetivo e total no executivo da CMF.
Finalmente,
a coligação e os acertos da lista de candidatos, assentou nos resultados das
eleições autárquicas de 2009 que pouco ou nada têm a ver, em minha opinião, com
a realidade eleitoral actual. Contudo em 2009, no caso do Funchal, o PS
alcançou 13,5%, elegeu 1 vereador (!), contra 8,5% do PND (1 vereador), 4,4% do
Bloco (sem vereadores) e 2,1% do MPT (sem vereadores). O PTP nem concorreu a
estas eleições autárquicas de 2009.
Resta
uma pergunta: os eleitores que livremente votaram na coligação Mudança, apesar
destes acontecimentos, continuam a sentir que o seu voto não foi ignorado e
atirado para o lixo?