Segundo
a TVI, "a troika concluiu a décima primeira avaliação do
Programa de Assistência Económica e Financeira à Irlanda e entende que a
execução orçamental do primeiro semestre indica que o país «está no bom
caminho» para a recuperação económica. «O programa irlandês continua no bom
caminho e os juros da dívida soberana estão muito abaixo dos níveis verificados
nos últimos anos», lê-se num comunicado conjunto da Comissão Europeia (CE),
Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) hoje
divulgado, no âmbito da 11ª avaliação do programa de assistência económica e
financeira à Irlanda. A troika assinala que «os recentes indicadores nacionais
mostram uma atividade económica mais fraca do que o estimado previamente», mas que,
«simultaneamente, indicadores referentes ao mercado de trabalho mostram sinais
de melhoria». Os credores internacionais acentuam ainda que apesar de a taxa de
desemprego permanecer elevada, esta «caiu para o nível mais baixo dos últimos
três anos». «Além disso, é esperado um crescimento moderado da economia ainda
este ano através da melhoria do mercado externo (exportações) e da estabilização
do mercado interno». A execução orçamental no primeiro semestre contribuiu para
esta avaliação positiva por parte dos membros da troika, que decorreu em
Dublin, desde 08 de julho. «A execução orçamental do primeiro semestre do ano
está no bom caminho (...) é importante manter uma gestão cautelosa do orçamento
para controlar os gastos até ao final do ano para garantir que as metas
orçamentais são novamente atingidas», avisa a troika. Apesar da avaliação
positiva, a troika recomendou às autoridades irlandesas para que desenvolvam
novas reformas estruturais que permitam a continuidade da consolidação
orçamental de forma «duradoura e favorável ao crescimento, mas protegendo os
mais vulneráveis». O resultado positivo desta 11ª avaliação permite à Irlanda
receber um montante de 2,3 mil milhões de euros do Fundo Europeu de
Estabilização Financeiro (FEEF), 800 milhões de euros do Fundo Monetário
Internacional e 300 milhões de euros de outros credores. A próxima avaliação
será em outubro deste ano".