Constança Cunha e Sá disse, esta
quarta-feira, que o que realmente interessa ao PSD, PS e CDS-PP é saírem ilesos
das reuniões para um compromisso de salvação nacional. Na TVI24, a comentadora criticou a atuação do
Presidente da República e voltou a sublinhar que o problema está no corte de 4,7
mil milhões na despesa, com o PS a queixar-se de «intransigência» por parte do
PSD e CDS e o comunicado conjunto dos três partidos a desmentir a intransigência
e a afirmar «espírito de abertura».«Eu acho que isto começa a ser um espetáculo
vergonhoso. Eu acho que estes três partidos estão aqui, pura e simplesmente,
para salvar a sua pele. E a única coisa em que estão interessados em dizer é
quem é que fica com ónus de romper, não romper, quem é que é intransigente e
quem é que não é intransigente», defendeu Constança Cunha e Sá, no espaço de
análise nas «Notícias às 21:00» A comentadora entende que o Presidente da
República se demitiu da responsabilidade, ao não explicar bem aos partidos o que
entende que se pode fazer. «Continuo a achar que o problema de 4700
milhões é importante. Custa-me a aceitar que o Presidente da República, quando
define esse segundo pilar como tendo que estar no centro das negociações, não
diga ele próprio qual é a sua opinião sobre essa matéria. Ou seja, se há margem
para negociar com a troika, se não há margem para negociar com a troika»,
explicou.Para Constança Cunha e Sá, a única coisa que
Cavaco Silva conseguiu foi «acentuar a falta de credibilidade dos partidos». «O que o
Presidente da República fez foi muito simples: na prática, demitiu o Governo e,
na prática, não convocou eleições. Portanto, provocou este caos e agora temos
três partidos que partem diminuídos. Porque a aceitação deste encontro, do
compromisso de salvação nacional, é a prova da diminuição em que se encontram os
partidos», justificou. Veja aqui o video da TVI