Segundo o Económico, "a “Standard & Poor’s voltou a baixar o ‘rating’ da empresa e alerta para novas injecções do Governo em 2012. O Metropolitano de Lisboa continua numa preocupante situação financeira e vai precisar, durante este ano, de várias intervenções suplementares do Governo para fazer face às necessidades de tesouraria. Ontem, reflectindo essa situação de pré-ruptura financeira da transportadora pública de passageiros, a Standard & Poor's (S&P) baixou outra vez o ‘rating' da empresa liderada por Cardoso dos Reis, de B+ para B-. A agência refere necessidades de financiamento que superam 250 milhões de euros. A agência internacional de notação financeira explicou essa decisão com o facto de que "a Metro [de Lisboa] poderá não ser capaz de honrar ou refinanciar próximas maturidades [de empréstimos] se não for concedido apoio governamental suplementar". "O Governo português ainda não implementou uma solução compreensível e durável para as necessidades de financiamento do operador subterrâneo Metropolitano de Lisboa que não dependa de um apoio governamental extraordinário e ‘ad hoc'", observa a agência. No ‘research' a que o Diário Económico teve acesso, os responsáveis da Standard & Poor's acrescentam que, "de acordo com a informação disponível, o Metro [de Lisboa] terá significativas necessidades de financiamento durante 2012, especificamente um serviço da dívida de 254 milhões de euros". "Adicionalmente, estimamos um ‘ free cash flow' operacional negativo", sublinha o ‘research' da Standard & Poor's. "A 19 de Dezembro de 2011, a flexibilidade financeira específica da Metro [de Lisboa] era muito limitada porque, virtualmente, não tinha linhas de crédito disponíveis. A menos que uma moldura financeira estável reponha a sustentabilidade financeira da Metro [de Lisboa] numa base autónoma, a Metro poderá não ser capaz de cumprir ou refinanciar as próximas maturidades [de empréstimos] se o Governo não continuar a proporcionar apoio suplementar numa base regular", acrescentam os analistas da agência.
Empresa confiante no apoio do Estado
O mesmo documento revela que, desde Junho, o Governo português já injectou cerca de 604 milhões de euros através de empréstimos de curto prazo para segurar a situação financeira da Metropolitano de Lisboa acima da linha de água. Daí que os especialistas da agência considerem que, face ao anteriormente explicado, é "muito elevada" a probabilidade de tal vir a ocorrer novamente durante o presente exercício. "Até ao momento, o Governo não criou uma moldura financeira que proporcione à Metro [de Lisboa] um apoio financeiro estável", pelo que, desde Junho, a empresa está a sobreviver em base em apoios extraordinários ‘ad hoc' do seu accionista Estado sempre que se encontra na iminência de ruptura de tesourarias. Mesmo assim, a S&P continua a acreditar que o Governo está predisposto e tem suficiente ‘funding' para proporcionar apoio extraordinário à Metro [de Lisboa] para o reembolso da dívida, de forma a evitar a aceleração do processo de reembolso global da dívida, devido à cláusula de ‘default'-cruzado de que beneficia a dívida garantida da empresa". Fonte oficial da Metropolitano de Lisboa disse ao Diário Económico que "o conselho de administração está, portanto, confiante que os mecanismos de apoio do Estado à empresa continuarão a operar em 2012, e que o serviço da dívida histórica da empresa se encontra assegurado, da mesma forma que se prevê que as receitas de bilheteira assegurem os pagamentos relativos à actividade corrente".
Empresa confiante no apoio do Estado
O mesmo documento revela que, desde Junho, o Governo português já injectou cerca de 604 milhões de euros através de empréstimos de curto prazo para segurar a situação financeira da Metropolitano de Lisboa acima da linha de água. Daí que os especialistas da agência considerem que, face ao anteriormente explicado, é "muito elevada" a probabilidade de tal vir a ocorrer novamente durante o presente exercício. "Até ao momento, o Governo não criou uma moldura financeira que proporcione à Metro [de Lisboa] um apoio financeiro estável", pelo que, desde Junho, a empresa está a sobreviver em base em apoios extraordinários ‘ad hoc' do seu accionista Estado sempre que se encontra na iminência de ruptura de tesourarias. Mesmo assim, a S&P continua a acreditar que o Governo está predisposto e tem suficiente ‘funding' para proporcionar apoio extraordinário à Metro [de Lisboa] para o reembolso da dívida, de forma a evitar a aceleração do processo de reembolso global da dívida, devido à cláusula de ‘default'-cruzado de que beneficia a dívida garantida da empresa". Fonte oficial da Metropolitano de Lisboa disse ao Diário Económico que "o conselho de administração está, portanto, confiante que os mecanismos de apoio do Estado à empresa continuarão a operar em 2012, e que o serviço da dívida histórica da empresa se encontra assegurado, da mesma forma que se prevê que as receitas de bilheteira assegurem os pagamentos relativos à actividade corrente".
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