terça-feira, janeiro 24, 2012

Segundo resgate? Há muito que nos andam a enganar a todos...

Diz a RTP que "o jornal norte-americano The Wall Street Journal publica esta terça-feira um artigo em que considera existir uma forte possibilidade de Portugal precisar de recorrer novamente à ajuda externa. Citando um relatório do Instituto de Finanças Internacionais, o diário financeiro revela que o cenário de uma eventual renegociação da dívida do país pode estar cada vez mais perto de se concretizar.Segundo o Wall Street Journal, as preocupações sobre a degradação da situação económica portuguesa está a aumentar entre investidores, economistas e políticos, que receiam ver o país sem capacidade de “voltar aos mercados no próximo ano”, vendo-se assim forçado a “pedir um segundo pacote de resgate”. Com os juros das Obrigações do Tesouro a negociarem nos 12,7 por cento, crescem assim as dúvidas sobre o esperado regresso ao mercado para obter financiamento, que teria de acontecer em 2013, de forma a serem então desembolsados os 9 mil milhões de euros em dívida cuja maturidade vence em setembro do ano que vem. O WSJ refere que apesar de ainda restar algum tempo até à data indicada, "o FMI poderá exigir que Portugal apresente planos de financiamento um ano antes de libertar mais ajuda, tal como aconteceu na Grécia", isto antes de implementar um novo plano de resgate financeiro, no caso de ser inequívoca a incapacidade de retomar aos mercados. O jornal cita o Instituto de Finanças Internacionais que classifica mesmo como “problemático” o “pressuposto que prevê, no programa que Portugal assinou com a troika, que o país comece a emitir títulos de longo prazo novamente em 2013”. “Com as yields ainda acima de 12%, apesar das quedas recentes, este cenário parece muito improvável, mesmo que as metas de défice sejam cumpridas", pode ler-se no mesmo documento. Portugal não é a Grécia, mas...Comparando a situação portuguesa com a da Grécia, o Wall Street Journal refere que os dois países distanciam-se em relação a vários aspetos, nomeadamente nas relações entre os partidos políticos que facilitam a implementação das medidas de austeridade, bem como na paz social vivida em Portugal. Contrariamente à Grécia, Portugal tem ainda conseguido cumprir as metas do défice orçamental, apesar do recurso a medidas extraordinárias. Porém, Portugal e a Grécia aproximam-se no que diz respeito à eficácia do plano de ajuda externa concedido aos dois países, uma vez que era esperado um rápido crescimento da economia derivado do empréstimo, que acabou por não se verificar em nenhum dos casos. “Em Lisboa, membros do governo e políticos estão cada vez mais frustrados, pois cumprir os termos do resgate pode não ser suficiente para acalmar os mercados", conclui o jornal norte-americano". Quando é que esta gente deixa de mentir e fazer show off para a propaganda e passa a falar verdade e a não esconder a realidade?!

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