sexta-feira, janeiro 13, 2012

Diário Económico avança com plano de rescisões para cortar mais de um milhão de euros este ano

Li aqui que "a Económica SGPS, detentora do Diário Económico, avançou para um programa de rescisões voluntárias para cortar "um pouco mais de metade" de 2,1 milhões de euros, que é o objetivo anual de poupança, disse à Lusa fonte oficial. "O conselho de administração da Económica SGPS decidiu iniciar um processo de redução de custos, com o objetivo de conseguir poupanças anuais de 2,1 milhões de euros, e um milhão e pouco tem a ver com recursos humanos, um pouco mais de metade", indicou à Lusa fonte oficial da empresa do grupo Ongoing. A empresa nega a existência de uma lista de pessoas a despedir no Diário Económico e sublinha que a orientação é definida pelo objetivo financeiro. Em todo o caso, "apesar de se tratar de um programa de rescisões voluntárias, as várias direções, incluindo a editorial, estão a convidar pessoas a rescindir, com o objetivo de preservar o "core" do Diário Económico, que são as seções de economia, finanças e empresas", acrescentou a fonte oficial. Em comunicado, a empresa explica que "não estamos imunes à conjuntura extremamente adversa que atravessamos - o mercado da publicidade na imprensa caiu 32 por cento em 2009, voltou a cair 9,3 por cento em 2010 e registou uma contração de 15 por cento no ano que agora terminou". Para 2012, a Económica espera "uma nova quebra, superior a 10 por cento, mantendo-se uma tendência que tem impacto direto - e determinante - nos resultados e na operação da empresa", segundo o comunicado."O conselho de administração da Económica SGPS pretende, com este processo, reunir condições para manter a sustentabilidade da empresa e garantir postos de trabalho, para que seja possível ultrapassar este período particularmente gravoso que estamos a viver", remata o texto. A decisão foi comunicada na quinta-feira ao conselho de redação (CR) do título, pelo diretor do Diário Económico, António Costa, que revelou que a poupança será conseguida com cortes em "colaborações, colunistas e rescisões", de acordo com um comunicado de hoje do CR a que a Lusa teve acesso. António Costa deu a garantia ao CR que "nenhuma pessoa" seria convidada a rescindir sem o seu aval e que o jornal "até admite a possibilidade" de reforçar as seções consideradas centrais, "caso surjam boas oportunidades no mercado". "O objetivo é que o Diário Económico não perca qualidade nem a liderança", explicou Costa. O CR questionou ainda António Costa sobre a possibilidade do Diário Económico vir a ter que recorrer ao despedimento coletivo, caso não se obtenha as poupanças previstas com as medidas agora anunciadas, ao que o diretor não quis precisar. "Não posso, nem quero, antecipar o que poderá suceder se não houver acordos de rescisão amigável. É totalmente prematuro. O despedimento coletivo coloca outro tipo de problemas, é outra lógica, é outra dimensão que ultrapassa o diretor que deixa de poder garantir que daqui sai uma equipa reforçada", terá dito António Costa, citado no comunicado do CR".

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