Revela o Correio dos Açores que "entre 2010 e 2011 ficaram desempregados 4 mil trabalhadores da construção civil, as empresas ficaram descapitalizadas porque não há obras e a banca já não facilita empréstimos. O presidente da AICOPA (Associação dos Industriais da Construção e Obras Públicas dos Açores), Albano Furtado, reclama que as medidas anunciadas pelo Governo Regional tardam em aparecer, no entanto acredita que o sector se pode virar para a reabilitação urbana. Apesar do cenário negro diz que é preciso ter esperança.Correio dos Açores - Em 2011 houve desemprego e falta de obras, foi um ano muito mau para a construção civil?Albano Furtado “Presidente da Associação de Industriais de Construção Civil dos Açores) – 2011 foi muito mau, a crise persistiu e os problemas das empresas continuaram a agravar-se. Desde logo, o desemprego aumentou muito significativamente e para termos uma ideia, no terceiro trimestre de 2010, segundo o Serviço Regional de Estatística, estavam registados 15.769 trabalhadores na construção e no mesmo trimestre de 2011 estavam registados 11.911, houve uma perda de quase 4 mil trabalhadores só num ano. Quanto a concursos e a obras, mantiveram o baixíssimo nível de 2009 e poderemos dizer que as obras postas a concurso pelo Governo Regional, baixaram 15% em relação a 2010, felizmente que houve um aumento de 20% quanto a obras lançadas pelas câmaras e de mais 20% de obras lançadas por outras entidades o que deu um volume de concursos de cerca de 207 milhões que por mero acaso coincide com o valor de 2010. Considerando que esses valores eram baixos, a crise persistiu e acentuou-se. As vendas de cimento até ao mês de Novembro caíram cerca de 15%, os edifícios licenciados caíram 15 %, os fogos licenciados caíram 30%, as empresas continuaram ainda com maiores dificuldades no acesso ao crédito, a banca deixou de financiar, primeiro foi o investimento e depois foi o próprio fundo de maneio das empresas, que têm dificuldades em fazer as poucas obras que lhes são adjudicadas porque não têm dinheiro no fundo de maneio para aquisição de materiais e equipamentos. Portanto, baixo nível de trabalho, baixo volume de obras, dificuldade de acesso ao crédito...O que é muito grave é que um conjunto muito significativo das chamadas médias empresas, ao nível dos Açores já pediram insolvência e outras estão na eminência de pedir e estamos a falar de uma dúzia de empresas que estão com sérias dificuldades"
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