segunda-feira, julho 18, 2011

Os bandalhos ainda se queixam...

Li aqui que "os resgates das dívidas de Portugal e da Irlanda têm sido favoráveis para os países que concederam garantias a Lisboa e a Dublin, admitiu esta domingo o presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), Klaus Regling, em entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.“Até hoje, só houve ganhos para os alemães, porque recebemos da Irlanda e de Portugal juros acima dos refinanciamentos que fizemos, e a diferença reverte a favor do orçamento alemão”, adiantou Regling, acrescentando que “é o prémio pelas garantias que a Alemanha dá só que os contribuintes alemães não acreditam”.O presidente do FEEF dissipou receios de que a situação se altere, se Dublin e Lisboa deixarem de poder pagar as suas dívidas, incluindo os juros, lembrando que os programas de austeridade negociados pela Irlanda e por Portugal com a União Europeia e o FMI estão a ser cumpridos. “Se no entanto deixarem de pagar os juros, teremos de ir pedir o dinheiro a quem deu as garantias, como ficou estipulado, para dar garantias aos investidores”. Ao jornal alemão Regling disse ainda que, mesmo que a Irlanda e Portugal tenham de reestruturar as suas dívidas soberanas, não é forçoso que haja prejuízos para os países que deram as garantias, através do FEEF. “Temos de olhar para a experiência feita pelo FMI, que já concedeu empréstimos a muitos países em dificuldades, e houve poucos que não devolveram o dinheiro, casos da Somália, Zimbabwe e Libéria, por exemplo”, acrescentou. O presidente do fundo de resgate admitiu ainda a possibilidade de, “em situações excepcionais”, comprar títulos da dívida de países do euro em dificuldades financeiras no mercado primário. Já no que se refere a hipótese de o FEEF adquirir também títulos da dívida de países da moeda única no mercado secundário, a outros investidores, “é uma decisão que terá de ser tomada pelos políticos”, lembrou. A Alemanha admitiu pela primeira vez, na última quarta-feira, que a Grécia, que terá de receber novo pacote de ajudas, possa recomprar títulos da sua dívida pública no mercado secundário, com um empréstimo do FEEF, para diminuir o défice e tentar voltar a refinanciar-se nos mercados financeiros. Regling adiantou que não tem tido dificuldades em arranjar investidores para cobrir as verbas necessárias aos resgates da Grécia, Irlanda e Portugal, nomeadamente na Ásia. “Os investidores asiáticos compraram cerca de 40 por cento dos títulos, nas três emissões que fizemos”, lembrou". Alguém me consegue explicar porque razão aqueles que deram cabo da Europa há poucas dezenas de anos, que lançaram o mundo numa das piores crises de sempre, continuam a levantar dúvidas sobre as ajudas a países terceiros. Ou concordam ou não. Não hesitem, não ameacem, não façam figuras idiotas. Até porque, pelos vistos enchem a pança à custa dos mais fracos. Mais do mesmo...

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