
Política
“Nem todos estão à vontade com a ideia de que a política é um vício. Mas é. Eles são viciados e mentem e enganam e roubam, como fazem todos os junkies” (1994)
A faceta política de Thompson, uma das menos conhecidas, teve tanto de intrigante como de genial. A “Rolling Stone” carimbou o Gonzo político quando mandou HST cobrir as primárias para as presidenciais de 1973. Os artigos originaram o volume II de “Delírio em Las Vegas” – é só substituir as drogas e o álcool pelo ódio de estimação a Richard Nixon e pelas críticas à forma como os media cobrem o tema. O Dr. Thompson adoraria escrever sobre as escutas dos tablóides de Rupert Murdoch, dizia a “Slate” há uns dias. Se fosse vivo, arriscamos, poderia até estar a recandidatar-se a xerife de Aspen pelo Partido Freak, eleição que perdeu em 1970 por poucos votos.
Literatura
A faceta política de Thompson, uma das menos conhecidas, teve tanto de intrigante como de genial. A “Rolling Stone” carimbou o Gonzo político quando mandou HST cobrir as primárias para as presidenciais de 1973. Os artigos originaram o volume II de “Delírio em Las Vegas” – é só substituir as drogas e o álcool pelo ódio de estimação a Richard Nixon e pelas críticas à forma como os media cobrem o tema. O Dr. Thompson adoraria escrever sobre as escutas dos tablóides de Rupert Murdoch, dizia a “Slate” há uns dias. Se fosse vivo, arriscamos, poderia até estar a recandidatar-se a xerife de Aspen pelo Partido Freak, eleição que perdeu em 1970 por poucos votos.
Literatura
“Francamente, não tenho gosto nem pela pobreza nem pelo trabalho honesto, daí que a escrita seja o meu último recurso” (1958)
Cresceu lado a lado com a geração beat, que inspirou a sua mudança de Louisville para São Francisco. Em criança já era fora-da-lei; mais tarde, a experiência na Força Aérea para escapar a uma pena de prisão dar-lhe-ia a certeza de que escrever era o que queria fazer. Não foi no berço dos beat que encontrou o que queria. O primeiro e segundo livros, romances menos conhecidos, foram escritos em Porto Rico, onde arranjou trabalho como jornalista de uma revista de desporto. Com as reportagens para a “Rolling Stone” nasceria a obra que lhe deu a fama – e o proveito. “Delírio em Las Vegas” cunhou o seu estilo de jornalista participante.
A partir daí choveram artigos, experiências e oportunidades.
Álcool e Drogas
Cresceu lado a lado com a geração beat, que inspirou a sua mudança de Louisville para São Francisco. Em criança já era fora-da-lei; mais tarde, a experiência na Força Aérea para escapar a uma pena de prisão dar-lhe-ia a certeza de que escrever era o que queria fazer. Não foi no berço dos beat que encontrou o que queria. O primeiro e segundo livros, romances menos conhecidos, foram escritos em Porto Rico, onde arranjou trabalho como jornalista de uma revista de desporto. Com as reportagens para a “Rolling Stone” nasceria a obra que lhe deu a fama – e o proveito. “Delírio em Las Vegas” cunhou o seu estilo de jornalista participante.
A partir daí choveram artigos, experiências e oportunidades.
Álcool e Drogas
“Há um conjunto de provas que torna muito claro que a polícia e eu fomos postos no planeta Terra para fazer coisas muito distintas” (1992)
Em 1952, a Força Aérea dos EUA divulgou um memorando interno: “É requerido que o airman Thompson seja oficialmente notificado de que não deverá escrever mais nada, quer em publicações internas quer externas.” A frase prenuncia a relação disfuncional de Hunter com qualquer forma de autoridade. Arriscam alguns dizer que foi isto que o levou às primeiras experiências com drogas. Em álcool e cigarros já era viciado; as drogas foram o passo seguinte. Décadas mais tarde, diria numa entrevista: “Não recomendo sexo, drogas e loucura a todos, mas sempre resultou comigo.” De tal forma que até a Flying Dog Brewery decidiu baptizar uma das suas cervejas em honra de Thompson.
Cinema
Em 1952, a Força Aérea dos EUA divulgou um memorando interno: “É requerido que o airman Thompson seja oficialmente notificado de que não deverá escrever mais nada, quer em publicações internas quer externas.” A frase prenuncia a relação disfuncional de Hunter com qualquer forma de autoridade. Arriscam alguns dizer que foi isto que o levou às primeiras experiências com drogas. Em álcool e cigarros já era viciado; as drogas foram o passo seguinte. Décadas mais tarde, diria numa entrevista: “Não recomendo sexo, drogas e loucura a todos, mas sempre resultou comigo.” De tal forma que até a Flying Dog Brewery decidiu baptizar uma das suas cervejas em honra de Thompson.
Cinema
“Querida Holly, sua cabra preguiçosa, estou a ficar farto desta pulhice insana que andas a fazer com o ‘Diário a Rum’” (2001) Em Outubro deste ano estreia nos Estados Unidos mais um filme baseado nos livros Gonzo. “Diário a Rum”, romance que escreveu enquanto jornalista em Porto Rico, esteve para ser adaptado ao cinema em 2001, pelos estúdios Shooting Gallery – entretanto falidos. Os estúdios já tinham adquirido os direitos de adaptação, mas o processo parecia confuso e lento. Hunter foi fiel a si próprio e enviou uma carta por faxe a Holly Sorenson, directora-executiva dos estúdios. Os insultos foram suficientes para o abandono do projecto e Hunter acabaria por não viver para ver o seu romance semi-autobiográfico no grande ecrã. Nós poderemos, em data a confirmar. Todos os outros filmes inspirados no jornalista estão disponíveis em DVD. O i recomenda-os.
Johnny Depp
Johnny Depp
“O Hunter? Nunca desaparece. Vai sempre estar por cá” (2011) Uma relação duradoura entre um escritor fora-da-lei e uma estrela de Hollywood estaria condenada ao fracasso, não fossem os protagonistas Thompson e Depp. A amizade nasceu quando o actor se mudou para a casa do jornalista em Aspen, Colorado, a fim de “estudar” para o papel que iria interpretar em “Delírio em Las Vegas”:_o alter ego de Hunter, Raoul Duke, na adaptação do livro a filme. Desde então, os dois ficaram ligados para sempre. Quando Hunter S. Thompson deu um tiro de caçadeira na cabeça, a 20 de Fevereiro de 2005, Depp pagou todas as despesas do funeral. Mais tarde, quando comprou uma ilha nas Caraíbas, Depp baptizou uma das seis praias com o nome “Gonzo”, em honra do amigo. As mesas das esplanadas, feitas de vidro, têm fotografias de HST. Para quem quiser brindar ao herói.
Amizades
Amizades
“Desentendemo-nos tão violentamente em quase tudo que é um verdadeiro prazer beber com ele. Quanto mais não seja pela sua absoluta honestidade e loucura” (1973)
O que Thompson escreveu sobre Pat Buchannan nesta carta poderia ter sido dito por qualquer amigo seu. Hunter era famoso por não ser a mais afável das pessoas com os amigos. Ralph Steadman, ilustrador de serviço nas reportagens de HST, descobriu-o da pior forma. Quando a “Rolling Stone” deu o primeiro trabalho a Hunter, este propôs a arte de Steadman para “tapar os buracos” da página. O britânico, que andava à procura de trabalho nos EUA, acabou como correio de droga do jornalista. A experiência – e as inúmeras que se seguiram – fez nascer o “Fim da piada: Memórias feridas”, tradução livre do título do livro que Steadman dedicou a HST em 2005 (não está editado em português)”.
O que Thompson escreveu sobre Pat Buchannan nesta carta poderia ter sido dito por qualquer amigo seu. Hunter era famoso por não ser a mais afável das pessoas com os amigos. Ralph Steadman, ilustrador de serviço nas reportagens de HST, descobriu-o da pior forma. Quando a “Rolling Stone” deu o primeiro trabalho a Hunter, este propôs a arte de Steadman para “tapar os buracos” da página. O britânico, que andava à procura de trabalho nos EUA, acabou como correio de droga do jornalista. A experiência – e as inúmeras que se seguiram – fez nascer o “Fim da piada: Memórias feridas”, tradução livre do título do livro que Steadman dedicou a HST em 2005 (não está editado em português)”.
Sem comentários:
Enviar um comentário