quarta-feira, fevereiro 02, 2011

...e à Jordânia

Segundo o site da SIC, "a poderosa oposição islamita da Jordânia exigiu o afastamento do recém-designado primeiro-ministro, considerado a "pessoa errada" para promover reformas democráticas e combater a crescente pobreza e desemprego.Na terça-feira, o rei Abdullah II nomeou Marouf al-Bakhit para o cargo de primeiro-ministro, numa cedência aos protestos populares inspirados na rebelião no Egito contra o Presidente Hosni Mubarak. Hamza Mansour, líder da Frente de Acção Islâmica (FAI), ramo político da Irmandade Muçulmana rejeitou a designação de al-Bakhit após considerar "não ser a pessoa certa para as funções". "Al-Bakith é um homem dos serviços de segurança, um antigo general e quadro dos serviços secretos. Não acredita na democracia", considerou Mansour em declarações à agência norte-americana AP. Em alternativa, o líder político islamita disse que o país necessita "de uma figura nacional que retire a Jordânia da grave crise política e social". A Jordânia confronta-se com uma crescente dívida externa, avaliada em 11 mil milhões de euros, uma taxa inflação que disparou 1,5 por cento em dezembro para atingir os 6,1 por cento e um elevado índice de desemprego (12 por cento) e pobreza (25 por cento dos 6,5 milhões de habitantes). Mansour também criticou a autorização fornecida por al-Bakhit para a construção do primeiro casino no reino hachemita, um projeto que já foi cancelado. Na terça-feira, o rei Abdullah anunciou a demissão do Governo e ordenou ao novo primeiro-ministro medidas imediatas para revitalizar a economia, combater o desemprego e iniciar uma abertura política.Al-Bakhit, 63 anos, antigo embaixador em Israel, é conhecido pelo seu apoio sem restrições às fortes relações do país com os Estados Unidos e ao acordo de paz da Jordânia com Israel, opções muito criticadas pelos islamistas e das formações da esquerda jordana. O primeiro-ministro designado vai reunir-se quinta-feira com a oposição e já iniciou consultas para a formação do novo Executivo, que deverá ser anunciado no fim-de-semana. Em declarações à agência France Presse, um dirigente da FAI revelou estar previsto para esta noite um encontro entre dirigentes islamitas e o primeiro-ministro designado, no âmbito das consultas para a formação do novo Governo".
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