
Sem fragilizar Serrão
Bernardo Trindade deixou claro que não quer hostilizar a actual liderança regional. "Não faço comentários sobre o processo de apresentação da moção liderada pelo líder do PS-M, seria fragilizá-lo e isso não quero". O secretário de Estado entendeu, contudo, que "num momento em que o Governo do PS enfrenta um contexto internacional muito difícil e é atacado pelas oposições, com moções de censura tácticas que nada de novo trazem ao país, é exigida uma moção de confiança e solidariedade ao PS, ao Governo e ao seu líder". O presidente da Comissão Política Regional do PS-M, órgão máximo entre Congressos, acredita que o "congresso é o local para mostrar essa força". "O líder do PS-M entende fazer o contrário", lamentou. E deixou um alerta: "Desenganem-se os que pensam que fragilizando o PS nacional beneficiam o PS-Madeira". "Entendo que a Madeira também tem de contribuir para uma solução global no sentido de dar respaldo a medidas difíceis tomadas pelo secretário-geral do PS enquanto primeiro-ministro", justificou Bernardo Trindade, reforçando que "haverá lista de delegados com nomes com percurso histórico do PS-M a apoiar José Sócrates". "Tenho a minha noção de responsabilidade no Governo, em Lisboa, e nas funções que desempenho a nível partidário na Madeira", assegurou.
Sinal de apoio a Sócrates
Bernardo Trindade lembrou ainda que quando lhe foi apresentada a estratégia de Jacinto Serrão deu a sua opinião, "que não foi valorizada" e reconheceu que se trata de "um momento difícil na vida colectiva de todo o PS". O socialista compreenderia que a afirmação da autonomia regional fosse feita através de uma moção sectorial, como é habitual. Sobre o impacte que esta divisão poderá ter nas regionais e questionado sobre se estará ao lado do actual líder regional na campanha eleitoral, foi peremptório: "Penso que a minha militância e cumplicidade com o PS não é um defeito, é uma virtude". O socialista não quis antecipar resultados, na Região, das directas de 25 e 26 de Março, que antecedem o Congresso do partido. "Isto é basicamente um movimento de apoio", reflectiu. Jacinto Serrão tinha expectativas de que José Sócrates não apresentasse lista de delegados na Madeira" (do DN do Funchal de hoje com a devida vénia)
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