terça-feira, fevereiro 22, 2011

Alexandre Soares dos Santos: “Não são os salários, é a qualificação o problema do País”

Li no Jornal de Negócios, num texto da jornalista Isabel Aveiro, que “em Portugal a questão da competitividade "não é um problema de salários", mas sim de "taxa de absentismo" e de "falta de mão de obra qualificada", afirmou Alexandre Soares dos Santos. O presidente da JM, grupo que criou em 2010 mais sete mil postos de trabalho empregando hoje 61.061 pessoas em Portugal e na Polónia, respondia hoje aos jornalistas, em conferência de imprensa, quando questionado sobre as declarações do presidente da CIP. António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), afirmou ontem: "os nossos salários penalizam a competitividade das empresas". Confrontado com estas afirmações, discordou hoje do presidente da CIP: "não é um problema da salários", disse. O problema existente no País é a "qualificação", reiterou. "O ensino técnico não existe" em Portugal. "Gastou-se dinheiro em institutos politécnicos em Portalegre e Castelo Branco", relembrou, mas as medidas provaram-se insuficientes na opinião do gestor, que é também presidente do conselho geral da Universidade de Aveiro. Outro problema detectado por Alexandre Soares dos Santos em Portugal é a taxa de absentismo. A níveis tais, recordou, que há alguns anos o grupo JM, na área industrial (onde opera hoje em parceria com a anglo-holandesa Unilever), chegou a ter "mais 15%" de força laboral "do que precisava" para cobrir eventuais necessidades. De resto, resumiu: a "política salarial tem é de ser negociada empresa a empresa, com as pessoas que cá estão".

Sem comentários: