terça-feira, fevereiro 22, 2011

Líbia: forças leais a Kadhafi matam quem saia à rua

Diz o Sol que "Mohammed Ali, um activista da oposição, e um residente em Trípoli, que quer permanecer no anonimato, avançam que nas ruas da capital da Líbia se acumulam os cadáveres dos protestantes mortos pelas forças militares leais a Muammar Kadhafi. Ali, que fugiu para o Dubai, conta que os habitantes da capital se estão refugiar nas suas casas. Depois dos assassinatos de ontem, as milícias pró-Kadhafi deslocaram-se pelas ruas com altifalantes avisando as pessoas para não saírem das suas casas e deixando a ameaça de que quem fosse encontrado na rua seria morto. Estas duas testemunhas declaram viram tiros serem disparados contra ambulâncias e que os feridos são deixados na rua, onde sangram até à morte. Os órgãos de comunicação ocidentais estão proibidos de entrar na Líbia, de forma que estes relatos não podem ser confirmados. Para desmentir os rumores que afirmavam que Muammar Kadhafi teria deixado o país, o líder árabe apareceu ontem por breves momentos na televisão. Sentado no lugar do passageiro de um carro estacionado em frente da sua residência, e segurando um guarda-chuva, explicou ao entrevistador que tinha intenção de se deslocar até à praça onde se encontram os manifestantes, mas que foi impedido pela chuva. A entrevista demora menos de um minuto, o que não é habitual em Kadhafi, conhecido pelos seus discursos que costumam demorar horas. O líder deixou o aviso: «Estou aqui para mostrar que estou em Trípoli e não na Venezuela".

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