quarta-feira, outubro 13, 2010

Passos Coelho diz que o PSD não pode ceder

Segundo o site da SIC, "esperando que o partido "se reveja na posição" que vai tomar, o presidente do PSD garantiu hoje que aprovar um Orçamento como aquele que o Governo propõe "não é melhorar a situação do país".No discurso da cerimónia do lançamento do segundo volume dos "Textos de Francisco Sá Carneiro", que decorreu hoje no Teatro Constantino Nery, em Matosinhos, Pedro Passos Coelho confessou que não sabe "o que faria Sá Carneiro se aqui estivesse hoje" -- referindo-se à situação política atual -, mas garantiu "que um partido com a história do PSD não pode ceder" a "chantagens" como as que tem sofrido. "Não somos responsáveis por esta situação. Não queremos contribuir para mais desemprego em Portugal, para mais falências em Portugal, para mais recessão em Portugal, sabendo que isso não valerá de nada", sublinhou o líder social democrata, afirmando que não "há ninguém que não saiba hoje que um reforço da carga fiscal deve conduzir a uma recessão económica profunda". Segundo Passos Coelho, "o PSD não pode deixar de ajudar a melhorar a situação do país, mas deixar passar um Orçamento como aquele que o Governo manifestou intenção de apresentar não é melhorar a situação" de Portugal. "Se o Governo tem interesse em encontrar uma saída melhor para o país, então deve ouvir as nossas propostas também. Se o não quiser fazer não venham dizer que a responsabilidade é do PSD", alertou. O presidente do partido disse ainda que, "sendo certo que muitas pessoas hoje -- algumas até dentro do PSD -- acham preferível obrigar o PSD a mudar de posição do que sugerir ao PS que tenha juízo, que ouça o país e que faça o que é preciso", o que é "verdade é que nenhum dos que faz o apelo" está no seu lugar. "Espero sinceramente que o meu partido - que o partido a que pertenço - se reveja na posição que vamos tomar", enfatizou. Afirmando que "teria preferido ser presidente do PSD num tempo em que este problema não se colocasse", Passos Coelho recordou que o PSD foi "o único partido na Europa que, estando na oposição e vendo que o seu Governo não tinha maioria, deu ao Governo as condições que ele pediu" para que Portugal pudesse "fugir" à bancarrota. "Quando vemos o primeiro ministro, José Sócrates, a dizer que vai ter que cortar nos vencimentos da função pública (...) porque tem que ser; depois de ter dito que não aumentava os impostos e aumentou; que não tocava no Estado Social e está a comê-lo todos os dias. Depois de vermos isso, a pergunta que se impõe é: que julgamento deve o país fazer das pessoas que nos conduziram a esta situação?", questionou. O líder laranja recordou ainda que se tivesse aceitado "o convite envenenado" para negociar previamente o Orçamento do Estado para 2011, hoje o PS e o Governo estavam a dizer que o PSD era "tão responsável como eles" pela situação que o país vai viver daqui para a frente".
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