Escreve o jornalista Miguel Alexandre Ganhão do Correio da Manhã que “o Estado tira prestação a 383 mil agregados. O objectivo é poupar 250 milhões de euros. 150 milhões nos aumentos extraordinários e cerca de 100 milhões nos apoios concedidos ao quarto e ao quinto escalões do abono de família. Um agregado familiar que tenha um rendimento mensal de 628,2 euros vai perder a ajuda do abono de família, que era superior a 67 euros para quem tinha três ou mais filhos. Esta é mais uma das consequências directas do pacote de austeridade que foi apresentado esta semana pelo Governo. O pagamento do abono de família foi eliminado para as famílias que ganham mais de 8803 euros por ano, o que, dividido por 14 meses, dá um rendimento mensal por família de 628,2 euros. Ao todo, são 383 mil famílias que deixarão de ter este apoio estatal, o que representa uma poupança de 100 milhões de euros.Também o aumento extraordinário de 25% que estava previsto para o primeiro e o segundo escalões foi eliminado, o que afecta mais de um milhão de famílias, dando uma poupança de 150 milhões de euros ao Estado. A atribuição do abono de família tem como base o Indexante dos Apoios Sociais (IAS), que para 2010 é de 419,2 euros. Em relação às majorações dadas às famílias que ganham até 628,2 euros por mês e que têm mais de um filho, o Governo promete manter as ajudas já consagradas e que podem atingir os 131 euros para quem tem três ou mais filhos. Também o abono de família pré-natal (montante que corresponde ao valor do abono de família no primeiro ano de vida) se deverá manter para os três primeiros escalões de rendimento. Uma das questões que ficam por esclarecer é saber se as famílias com crianças ou jovens portadores de deficiência, mesmo que se encontrem no quarto ou no quinto escalão, perdem, ou não, o direito ao abono". Leia o texto todo aqui.
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