Passos Coelho tem hoje um dos desafios mais importantes, senão mesmo o desafio mais decisivo, da sua liderança e que se resume assim:
- Ou manda o PSD abster-se, sem mais nenhuma negociação, viabilizando um orçamento, mas tendo como obrigação moral, ética e política apresentação imediata da sua demissão no dia em que o OE-2011 passar no parlamento;
Ou estica a corda, não cedendo, reagindo heroicamente – porque já é disso que se trata… - a todas as pressões que visam subverter a realidade e manipular os factos.
Em qualquer dos casos PPC, com quem estou solidário na justa medida me que continuar, e bem, a lutar pela convicção de que este OE-2011 penaliza os portugueses e pode conduzir o país para a recessão e para a pobreza e a fome, deveria fazer duas coisas em meu entender:
- calar o secretário-geral que se comporta como uma irritante “vuvuzela” do PSD nacional, ofuscando os vice-presidentes (para que é que eles serve? O que fazem na comissão política?), até porque o secretário-geral tem funções no seio do partido especificas com as quais deve preocupar-se;
- assumir o próprio PPC a condução do posicionamento política e discursivo do PSD nesta fase pós-Conselho Nacional, explicando de forma clara o que quer o PSD, que medidas alternativas vai propor, que recuos pretende obter do governo socialista, que redução dos impostos considera inegociável, etc - porque PPC tem andado muito ”distante” de uma linguagem mais acessível, mais direccionada para as bases do seu partido e para o universo dos filiados do PSD. Será errado que PPC continue a delegar, ainda por cima indevidamente, o combate retórico com os socialistas com terceiros em vez de ser ele a conduzi-lo. PPC é que tem que ganhar eleições e construir a alternativa, não um qualquer “lobbista” por mais frenético que seja ou se comporte.
Finalmente, a reafirmação do que já afirmei: se PPC, como andam a querer que ele faça, não negociar com os socialistas de forma dura, trair os eleitores do PSD e os portugueses em geral, temer as pressões do cavaquismo e dos cavaquistas, não insistir nas suas propostas de que os portugueses devem pagar menos impostos do que aqueles que o governo socialista quer impor, se não conseguir qualquer cedência do PS e do governo socialista e mesmo assim viabilizar pela abstenção o OE-2011, então no dia em que isso acontecer PPC deve demitir-se imediatamente, abdicar imediatamente das suas funções, convocar um penalizado, politica e eleitoralmente, por uma cumplicidade que pelos vistos será mais teórica, quase platónica, que efectiva.
É muito importante que PPC, antes de qualquer decisão, oiça quem ache que tem que ouvir, pondere uma situação importante: de que serve um OE-2011 aprovado a coice e pontapé - só para satisfazer o cavaquismo, que nesta altura não quer “chatices”, agradar os socialistas, que desta forma se manterão no poder, agravando a situação do país e desacreditando Portugal ainda mais, mas essencialmente satisfazendo as ambições de clientelas, começar pelo PSD, que vivem do que comem à mesa do orçamento e enchendo a pança mesmo com tostões - se é pública e real a ameaça do do ministro Santos que em 2011 pode impor novas medidas de austeridade aos portugueses? Porquê aprovar um OE-2011 se, pelos vistos, nem o governo socialista tem a garantia que ele resolve os nossos problemas? Será uma traição demasiado grave, pesada e penosa para os portugueses, mas será sobretudo uma traição ao PSD que coloca PPC, caso assim se comporte – o que eu não acredito - numa posição de indignidade para ocupar qualquer cargo dirigente, diria mesmo para exibir o seu cartão de militante. O PSD não precisa de políticos deste calibre nas suas hostes. E é isto que tem que ser dito porque não estamos em tempo do politicamente correcto, de silêncios cúmplices, de traições mais ou menos caladas. Estamos em tempo de pragmatismo e de muito combate, doa a quer doer, gostem ou não de o ouvir. Tenho a sensação que Passos Coelho entra hoje à noite no Conselho Nacional entalado e com um espaço de manobra diminuto, facto que poderá levar à precipitação de anunciar decisões que podem muito ficar ser pensadas hoje mas reveladas mais tarde, quando as negociações em torno do OE se iniciarem na Assembleia da República. Acho uma autêntica patetice que o PSD no final do Conselho Nacional de hoje diga que vai votar contra ou que se abstém sem antes ter negociado oficialmente com o governo socialista (não com o PS) o que entende dever ser colocado em cima da mesa. Anunciar uma decisão hoje é dar folga ao PS e ao governo socialista para que recusem qualquer cedência às exigências que o PSD possa fazer. Além de que mantenho o que tenho afirmado: se PPC e o PSD derem luz verde ao OE-2011, na sua versão actual, sem negociações, sem obterem ganhos políticos e de credibilidade que tanto necessitam, esta direcção política do PSD não tem mais condições para continuar em funções, devendo demitir-se imediatamente. Razão? A suspeição de que andou a alimentar um embuste e uma clara traição às promessas feitas aos social-democratas. Tudo o resto será sempre conversa da treta. Acredito que PPC conhece as águas onde vai ter que "nadar" e sobretudo conhece os perigos que elas escondem nas suas profundezas mais misteriosas e escuras.
- Ou manda o PSD abster-se, sem mais nenhuma negociação, viabilizando um orçamento, mas tendo como obrigação moral, ética e política apresentação imediata da sua demissão no dia em que o OE-2011 passar no parlamento;
Ou estica a corda, não cedendo, reagindo heroicamente – porque já é disso que se trata… - a todas as pressões que visam subverter a realidade e manipular os factos.
Em qualquer dos casos PPC, com quem estou solidário na justa medida me que continuar, e bem, a lutar pela convicção de que este OE-2011 penaliza os portugueses e pode conduzir o país para a recessão e para a pobreza e a fome, deveria fazer duas coisas em meu entender:
- calar o secretário-geral que se comporta como uma irritante “vuvuzela” do PSD nacional, ofuscando os vice-presidentes (para que é que eles serve? O que fazem na comissão política?), até porque o secretário-geral tem funções no seio do partido especificas com as quais deve preocupar-se;
- assumir o próprio PPC a condução do posicionamento política e discursivo do PSD nesta fase pós-Conselho Nacional, explicando de forma clara o que quer o PSD, que medidas alternativas vai propor, que recuos pretende obter do governo socialista, que redução dos impostos considera inegociável, etc - porque PPC tem andado muito ”distante” de uma linguagem mais acessível, mais direccionada para as bases do seu partido e para o universo dos filiados do PSD. Será errado que PPC continue a delegar, ainda por cima indevidamente, o combate retórico com os socialistas com terceiros em vez de ser ele a conduzi-lo. PPC é que tem que ganhar eleições e construir a alternativa, não um qualquer “lobbista” por mais frenético que seja ou se comporte.
Finalmente, a reafirmação do que já afirmei: se PPC, como andam a querer que ele faça, não negociar com os socialistas de forma dura, trair os eleitores do PSD e os portugueses em geral, temer as pressões do cavaquismo e dos cavaquistas, não insistir nas suas propostas de que os portugueses devem pagar menos impostos do que aqueles que o governo socialista quer impor, se não conseguir qualquer cedência do PS e do governo socialista e mesmo assim viabilizar pela abstenção o OE-2011, então no dia em que isso acontecer PPC deve demitir-se imediatamente, abdicar imediatamente das suas funções, convocar um penalizado, politica e eleitoralmente, por uma cumplicidade que pelos vistos será mais teórica, quase platónica, que efectiva.
É muito importante que PPC, antes de qualquer decisão, oiça quem ache que tem que ouvir, pondere uma situação importante: de que serve um OE-2011 aprovado a coice e pontapé - só para satisfazer o cavaquismo, que nesta altura não quer “chatices”, agradar os socialistas, que desta forma se manterão no poder, agravando a situação do país e desacreditando Portugal ainda mais, mas essencialmente satisfazendo as ambições de clientelas, começar pelo PSD, que vivem do que comem à mesa do orçamento e enchendo a pança mesmo com tostões - se é pública e real a ameaça do do ministro Santos que em 2011 pode impor novas medidas de austeridade aos portugueses? Porquê aprovar um OE-2011 se, pelos vistos, nem o governo socialista tem a garantia que ele resolve os nossos problemas? Será uma traição demasiado grave, pesada e penosa para os portugueses, mas será sobretudo uma traição ao PSD que coloca PPC, caso assim se comporte – o que eu não acredito - numa posição de indignidade para ocupar qualquer cargo dirigente, diria mesmo para exibir o seu cartão de militante. O PSD não precisa de políticos deste calibre nas suas hostes. E é isto que tem que ser dito porque não estamos em tempo do politicamente correcto, de silêncios cúmplices, de traições mais ou menos caladas. Estamos em tempo de pragmatismo e de muito combate, doa a quer doer, gostem ou não de o ouvir. Tenho a sensação que Passos Coelho entra hoje à noite no Conselho Nacional entalado e com um espaço de manobra diminuto, facto que poderá levar à precipitação de anunciar decisões que podem muito ficar ser pensadas hoje mas reveladas mais tarde, quando as negociações em torno do OE se iniciarem na Assembleia da República. Acho uma autêntica patetice que o PSD no final do Conselho Nacional de hoje diga que vai votar contra ou que se abstém sem antes ter negociado oficialmente com o governo socialista (não com o PS) o que entende dever ser colocado em cima da mesa. Anunciar uma decisão hoje é dar folga ao PS e ao governo socialista para que recusem qualquer cedência às exigências que o PSD possa fazer. Além de que mantenho o que tenho afirmado: se PPC e o PSD derem luz verde ao OE-2011, na sua versão actual, sem negociações, sem obterem ganhos políticos e de credibilidade que tanto necessitam, esta direcção política do PSD não tem mais condições para continuar em funções, devendo demitir-se imediatamente. Razão? A suspeição de que andou a alimentar um embuste e uma clara traição às promessas feitas aos social-democratas. Tudo o resto será sempre conversa da treta. Acredito que PPC conhece as águas onde vai ter que "nadar" e sobretudo conhece os perigos que elas escondem nas suas profundezas mais misteriosas e escuras.
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