Nesta “guerra” que envolve o DN do Funchal e o JM, com muita idiotice à mistura, onde a especulação mentirosa se mistura com questões pertinentes, e onde a falta de coragem de assumir erros se confundem com a luta titânica pela manutenção de privilégios profissionais e de carreira - seria estranho e intolerável que fosse qual fosse o pretexto se pretendesse forçar o encerramento de qualquer jornal. No caso do DN do Funchal, para além de um claro posicionamento editorial que por vezes, muitas vezes, se confundem com questões pessoais, há uma espécie de cruzada que sinceramente desconfio venha a ter sucesso. Porque existem decisões empresariais - que devem ser internas, porque têm apenas a ver com a lógica de gestão e a coragem de as assumir – que não dizem respeito a mais ninguém. Esconder realidades que eram previsíveis há pelo menos quatro a cinco anos, em função dos resultados apurados, sacudir a água do capote e responsabilizar factos ou pessoas pelo fracasso de certas apostas, é desonesto. Mas isso não pode constituir pretexto para forçar o encerramento ou criar condições para o despedimento dos jornalistas, sempre os elos mais fracos nestas contendas. E que olham em silêncio, receosos, para tudo o que se passa, ou porque já conhecem o que aconteceu recentemente, ou porque sabem o que esteve para suceder e depois foi parcialmente adiado. Aliás no grupo em questão, os despedimentos não são novidade só no diário. Num corpo redactorial que sofreu reduções ao longo dos últimos anos – tal como o JM emagreceu significativamente os seus quadros o mesmo acontecendo com outros jornais e outros meios de comunicação social - é evidentemente que existe uma grande ansiedade. Sou um incondicional defensor do jornalismo e dos sues profissionais. Mas temos que ter a noção do nosso mercado e de uma realidade que foi minimizada durante anos facto do qual, provavelmente, estamos hoje apagar. Há projectos jornalísticos que dificilmente podem continuar a ostentar uma auto-classificação que nada tem a ver com a realidade. Temos que deixar essas tretas das tiragens só para manter títulos no ranking das empresas regionais do sector ou enganar empresas de publicidade. Quando falta recursos, quando devido à crise as empresas coragem na publicidade, e por causa disso as agências de publicidade deixe anunciar, não há tiragens, certas ou empoladas, que valham. Há uma realidade de mercado que temos que assumir. Imaginemos que o Governo Regional, a reboque d a crise, resolve cortar pura e simplesmente a publicidade institucional, limitando-a ao mínimo essencial? Que argumentos utilizarão então os que se socorrem da publicidade como pretensa bóia de salvação? O que eu recomendo urgentemente, aliás sempre recomendei, para além de calma, é o pugnar pelo diálogo e pela negociação, porque é muito importante que essa negociação se faça e com resultados. De nada servem medidas avulso e muito menos assentes na publicidade institucional. Repito, se os organismos públicos cortarem os orçamentos para a publicidade, resta o quê? E quando, por causa do radicalismo de posições, essa perspectiva é improvável, procurem-se “pontes” porque elas existem por aí, na medida em que há sempre indivíduos disponíveis, concretamente aqueles que têm a habilidade de jogar nos dois lados do ”conflito”, vá lá saber-se com que motivações e interesses… Quando olho para a ERC dá-me vontade de, pela tristeza: que respeito devo a uma instituição que nem se entendeu o caso da TVI, nem se entendeu no caso Mário Crespo, não fez nada no caso das cirúrgicas “fugas dos e-mails” da redacção do Publico, enfim, uma instituição eleita por políticos (Assembleia da República) por isso mesmo não isenta e desacreditada, que não tem legitimidade, pois limitou-se a substituir a hiper-politizada e hiper-partidarizada Alta Autoridade para a Comunicação Social em boa ora extinta, mas pelos vistos mal substituída?
Sei como é que as coisas funcionam, de como se “montam” esquemas visando denegrir e enxovalhar a pessoas só porque pensam de forma diferente da nomenclatura do DN do Funchal. É um vício que não é exclusivo do DN. E uma realidade corporativista, intrínseca ao jornalismo, seja ele regional, nacional ou mundial. Mas não é por causa disso. Pelo respeito que tenho pela comunicação social, pelo DN do Funchal, pelo JM, mas sobretudo pelos jornalistas, os elos mais fracos, muitos deles com contratos de trabalho precários com baixos salários, que dependem desses seus recursos financeiros porque nenhum outro rendimento auferem, decido deixar de abordar neste blogue este assunto, na esperança que o diálogo possa acontecer e que nunca se politize uma questão demasiado séria para também ficar na dependência de arrufos, ânsias de vingança, ajustes de contas ou caprichos de duas ou três pessoas.
Sei como é que as coisas funcionam, de como se “montam” esquemas visando denegrir e enxovalhar a pessoas só porque pensam de forma diferente da nomenclatura do DN do Funchal. É um vício que não é exclusivo do DN. E uma realidade corporativista, intrínseca ao jornalismo, seja ele regional, nacional ou mundial. Mas não é por causa disso. Pelo respeito que tenho pela comunicação social, pelo DN do Funchal, pelo JM, mas sobretudo pelos jornalistas, os elos mais fracos, muitos deles com contratos de trabalho precários com baixos salários, que dependem desses seus recursos financeiros porque nenhum outro rendimento auferem, decido deixar de abordar neste blogue este assunto, na esperança que o diálogo possa acontecer e que nunca se politize uma questão demasiado séria para também ficar na dependência de arrufos, ânsias de vingança, ajustes de contas ou caprichos de duas ou três pessoas.
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