Deve ser problema meu. Cada vez que sou confrontado com notícias envolvendo o "Armas", e sem estar a defender os espanhóis contra seja quem for - mas não tolerando que os madeirenses sejam prejudicados hoje por monópólos, ou fiquem amanhã, porque é igualmente perigoso, dependentes de estrangeiros num sector vital como são os transportes marítimos - cada vez percebo menos o que se passa, embora fique com a sensação, provavelmente pelo desconhecimento dos factos e do que se passa nos meandos, de que alguma coisa me cheira a esturro nesta história toda. Torna-se cada vez mais complicado, é essa a minha percepção, particularmente junto das pessoas que pela comunicação social se aperceberam nos ultimos tempos do real impacto destas ligações marítimas entre a Madeira e Portimão, por exemplo nos preços de alguns produtos, que continue a imperar o desconhecimento e a ausência de informação, alimentando a especulação e a dúvida. Uma sucessão de acontecimentos, de factos, de notícias envolvendo até recursos para tribunais, sem que alguém esclareça minimamente a causa de tudo isto, em servido de pretexto para acusações que correm nalguns meandros da sociedade. Ainda por cima, dizem-me, quando aparentemente um dos concorrentes "prejudicados" pelo Armas - o grupo Sousa - terá tentado no Verão do ano passado vender àquele grupo espanhol o Lobo Marinho além de que julgo mesmo ser o detentor da empresa que na Madeira representa o armador espanhol. Repto, uma coisa é defender os direitos dos empresários que operam no sector, outra coisa é estes olharem a Madeira como se de uma "treta" se trate, capaz de lhes encher a pança enquanto der leite, o que significa dizer explorando os madeirenses. Portanto, e separando essa obrigatória defesa dos direitos e dos interesses das populações madeirenses das questões legais e/ou burocráticas, bem como dos aspectos juridicamente passíveis de transformar o assunto numa rentável arena para a confrontação entre advogados, recomendo a quem de direito, mesmo que saiba que há os que optam pelo silêncio (embora criticando pela surdina...), que explique ao povo o que realmente se passa, porque se passa e o que de facto está em causa e que implicações resultam para o consumidor de tudo isto.
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