sábado, janeiro 16, 2010

Injúrias: Carilho vai a Tribunal

Li no Publico que Manuel Maria Carrilho está "surpreendido e tranquilo" com o despacho de pronúncia do Tribunal da Relação, afirmou hoje à Agência Lusa em Paris. O ex-ministro da Cultura e actual embaixador de Portugal junto da UNESCO, em Paris, declarou estar "muito surpreendido e completamente tranquilo" por ser chamado a responder por difamação e ofensa de pessoa colectiva. Manuel Maria Carrilho é acusado pelo proprietário da Cunha Vaz & Associados, informou ontem à Lusa o próprio António Cunha Vaz. Em causa estão afirmações do livro "Sob o Signo da Verdade", publicado por Manuel Maria Carrilho em 2005, onde conta a sua campanha à Câmara Municipal de Lisboa. Manuel Maria Carrilho, que confirmou hoje à Lusa o despacho de pronúncia, manifestou a sua surpresa por o Tribunal da Relação de Lisboa contrariar duas decisões anteriores da justiça sobre a mesma queixa, do Ministério Público e, mais tarde, do tribunal de 1ª instância. A Cunha Vaz & Associados recorreu de ambas as decisões, acusando Manuel Maria Carrilho pelo conteúdo do livro e por declarações em entrevistas na sequência do lançamento da obra. Trata-se de "uma espécie de livro que esse senhor escreveu em 2005, em que me acusava de comprar jornalistas e opinadores para justificar ter perdido nas eleições [autárquicas] e, como na primeira instância, a senhora juíza entendeu que chamar corrupto a alguém não é uma ofensa, eu recorri para a Relação, que entendeu que nada do que ele disse estava provado e decidiu pronunciá-lo pelos crimes em causa", explicou o dono da consultora Cunha Vaz & Associados à Lusa. Manuel Maria Carrilho não quis fazer qualquer comentário sobre a acusação que lhe é imputada, frisando apenas que "a decisão da Relação contraria um despacho muito bem fundamento do Ministério Público". "No resto, a justiça segue o seu caminho", concluiu o embaixador português junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura". Aliás, para ajudar a memória curta de Carrilho recomendamos a leitura da posição que o Sindicato dos Jornalistas assumiu em Maio de 2006, quando lançou um repto a Carrilho em defesa do jornalismo responsável.

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