domingo, abril 20, 2008

Futebol: broncas nos clubes não se limitam ao Boavista

Diz o Jornal de Notícias, num texto do jornalista Vitor Santos, que "treze dos 32 clubes dos campeonatos profissionais têm salários em atraso - sete na Liga e seis na Liga de Honra. A situação, no entanto, não é tão grave como pode parecer à primeira vista. Com efeito, o facto de diversas equipas ainda não terem recebido o vencimento de Março, nem sequer constitui situação anormal ou problemática para os profissionais de futebol, pois essa é a lógica instituída desde o arranque da época. Na Liga, Boavista e Estrela da Amadora emergem como campos de maior preocupação. A situação dos axadrezados é amplamente conhecida. Dois meses e mais 60% de Dezembro em atraso colocaram a pantera na iminência de não defrontar o Nacional, mas a greve dos jogadores foi travada a tempo. O Estrela da Amadora está, também, mergulhado numa crise gravíssima e ainda não liquidou os salários de Fevereiro e Março. No passado dia 8, o plantel recebeu o vencimento de Janeiro, mas o atraso continua a ser considerável - dois meses. Na Reboleira os problemas são de extrema gravidade, num clube inibido de passar cheques, presidente incluído, e em que todos os movimentos são efectuados em dinheiro vivo, para tentar impedir as muitas penhoras que existem sobre o clube. Aliás, confirmando-se a resolução de parte do problema no Bessa, com a liquição de um mês, o clube da Reboleira passará a ser o grande incumpridor do campeonato principal.Na Liga de Honra a praga ataca com a mesma intensidade. Os plantéis de Beira-Mar e Estoril, duas equipas ainda com esperanças de subida, convivem com dois meses e um mês de meio de atraso salarial, respectivamente. Mas quem precisa de fazer mais contas para gerir o orçamento familiar são os jogadores do Varzim, que ainda não receberam qualquer vencimento referente a 2008. Grandes em diaNo Algarve, o Portimonense, que há um ano se debatia com atrasos gravíssimos, paga, amanhã, o mês de Março. O Rio Ave, vice-líder da prova, também se esforça por cumprir - na passada semana, o ordenado de Fevereiro caiu nas contas dos vila-condenses. Março está em falta. Apesar de não receberam no final ao dia 30 ou 31 o vencimento do mês que termina, como acontece com a generalidade dos trabalhores, os jogadores de clubes como Marítimo, Académica, Nacional Leixões, União de Leiria e Gil Vicente encaram a situação como regularizada. Em comum está o facto de ainda não terem recebido o vencimento referente a Março. No Marítimo, os salários são liquidados, religiosamente, no dia 25 de cada mês. Trata-se de um modelo seguido em vários clubes. Está contratualizado, é assim desde o início da temporada, pelo que os reflexos no quotidiano dos profissionais de futebol é praticamente zero.Se retirarmos do mapa negro os clubes que apenas não pagaram Março, percebe-se que, no universo dos campeonatos profissionais, o quadro está longe de ser catastrófico".
Entretanto fique a saber que a crise do Boavista já tem números: Já se conhecem os resultados da auditoria às contas do clube e da SAD. A dívida global ascende aos 90 milhões de euros e são levantadas suspeitas sobre negócios realizados durante a gestão de João Loureiro (veja aqui o video da notícia da RTP)

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