terça-feira, fevereiro 26, 2008

Raimundo Quintal contra o radar

Com o título "RADAR PARA QUÊ?" o geógrafo e professor Raimundo Quintal, enviou-me um documento da sua autoria, através do qual, depois de fazer o historial do percurso relativo à aprovação da construção do radar no Pico Arieiro - foi no primeiro trimestre de 2000 começaram as negociações entre o Ministério da Defesa de Portugal e a Secretaria Regional da Economia e Cooperação Externa para a instalação dum radar no Pico do Areeiro, com o objectivo de fiscalizar o espaço aéreo da Região Autónoma da Madeira - recordar que foi em 27 de Abril de 2002 num artigo publicado no DN local que manifestou "a minha clara discordância quanto à instalação dum radar militar num Sítio da Rede Natura 2000".
"Como cidadão preocupado com o desenvolvimento sustentável desta Região Autónoma entendo que a implantação do radar será mais um exercício de esbanjamento de recursos financeiros num país em que diariamente se exigem sacrifícios aos cidadãos. O Pico do Areeiro, pela magnificência da paisagem, é um dos sítios de maior atractividade turística. A instalação militar terá um impacte negativo e constituirá um factor repulsivo. Bem melhor para a qualidade do ambiente seria a demolição do degradado edifício da estalagem e a criação duma discreta estrutura de apoio aos visitantes. O grande inimigo da Madeira não será a aviação árabe. Os madeirenses têm de preocupar-se, sim, com os cada vez mais frequentes ventos quentes e secos do Norte de África. A prevista diminuição da precipitação nos próximos decénios obriga-nos a gerir melhor a água, a lutar contra a desertificação da cordilheira central. O Pico do Areeiro não precisa dum radar. O Pico do Areeiro necessita de árvores, arbustos e herbáceas, fundamentais para aumentar a infiltração da água da chuva e reduzir a escorrência superficial", diz.

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