
"Como cidadão preocupado com o desenvolvimento sustentável desta Região Autónoma entendo que a implantação do radar será mais um exercício de esbanjamento de recursos financeiros num país em que diariamente se exigem sacrifícios aos cidadãos. O Pico do Areeiro, pela magnificência da paisagem, é um dos sítios de maior atractividade turística. A instalação militar terá um impacte negativo e constituirá um factor repulsivo. Bem melhor para a qualidade do ambiente seria a demolição do degradado edifício da estalagem e a criação duma discreta estrutura de apoio aos visitantes. O grande inimigo da Madeira não será a aviação árabe. Os madeirenses têm de preocupar-se, sim, com os cada vez mais frequentes ventos quentes e secos do Norte de África. A prevista diminuição da precipitação nos próximos decénios obriga-nos a gerir melhor a água, a lutar contra a desertificação da cordilheira central. O Pico do Areeiro não precisa dum radar. O Pico do Areeiro necessita de árvores, arbustos e herbáceas, fundamentais para aumentar a infiltração da água da chuva e reduzir a escorrência superficial", diz.
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