OLAF investiga eventuais fraudes orçamentais no PE
Li aqui que "o OLAF quer saber se há fraudes nos pagamentos aos assistentes dos eurodeputados. O Organismo de Luta Antifraude da União decidiu analisar o relatório interno do Parlamento Europeu (PE). O documento, elaborado por um auditor independente, não revela fraudes.Mas deixa margem para dúvida - como explica o eurodeputado liberal britânico Chris Davies: "Quando um eurodeputado vem conversar consigo e lhe pergunta 'como é que gere o orçamento do seu pessoal?', 'como é que isso se faz num país em comparação com outro?'... E quando um colega lhe diz que é possível criar uma empresa fictícia, para administrar o orçamento anual do pessoal, e que isso está de acordo com as regras do Parlamento, mas que, na prática, é possível fazer o que bem lhe entender com o dinheiro... talvez não seja uma prova, e não se queira apontar o dedo a esse indivíduo, mas fica-se com a certeza que o organismo antifraude devia dar uma vista de olhos no sistema."A suspeita surgiu a semana passada. O relatório só foi consultado pela comissão parlamentar de controlo orçamental. Chris Davies, que é também membro desta comissão, pede mais transparência nas contas dos eurodeputados: "Penso que o mais simples seria que, por princípio, as contas de cada eurodeputado fossem auditadas todos os anos. É sobre este ponto que devíamos criar novas regras. E, já agora, é preciso definir um código de conduta para o emprego do pessoal."A situação dos assistentes varia em função dos regimes fiscais e administrativos dos Estados membros de onde são oriundos, o que dificulta os controlos. A única constante são os 16 mil euros mensais que o Parlamento atribui a cada um dos 784 eurodeputados, para remunerarem os seus assistentes".
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