segunda-feira, novembro 05, 2007

Dia Europeu dos Direitos dos Jornalistas (III)

"Nos quatro anos de ocupação de tropas estrangeiras no Iraque, quase 200 jornalistas foram mortos, segundo levantamentos de associações internacionais de jornalistas, o que faz do país o mais perigoso do mundo para os profissionais da área. As mortes são apenas as conseqüências mais trágicas da situação vivida por repórteres e outros profissionais de imprensa no Iraque. Segundo a Federação Internacional de Jornalistas, "além de viver insegurança permanente, cada vez mais (os jornalistas) estão sendo presos injustamente e sendo revistados de forma inadequada pelas forças de segurança iraquianas e pelo Exército americano". Sequestros de jornalistas também estão se tornando mais freqüentes, de acordo com a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que afirma que 64 profissionais da mídia foram capturados desde março de 2003, sendo que 17 deles foram executados. Um levantamento da Federação Internacional de Jornalistas diz que 196 profissionais foram mortos no Iraque desde o início do conflito. A RSF apresenta um dado um pouco menor, de 158 mortos. De acordo com a RSF, a situação piorou no último ano, já que até março de 2006, portanto nos três primeiros anos da guerra no Iraque, a organização contabilizava 86 profissionais da imprensa mortos. Apenas no último ano (de março de 2006 a março deste ano) outros 65 foram assassinados, sendo que 83% das vítimas são jornalistas iraquianos. "Nenhum jornalista está salvo em nenhum lugar, seja em Bagdá ou no Curdistão. Eles normalmente são assassinados quando deixam o escritório ou a residência", diz a RSF. Ainda segundo a organização, quando um jornalista falta no trabalho, os amigos e colegas logo ligam para o necrotério. "As vítimas incluem jornalistas de todo tipo, mas a maioria é composta por profissionais da impresa pública iraquiana, que são vistos como funcionários de um governo identificado com os Estados Unidos", afirma a entidade". (fonte: Globo online)

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