Dia Europeu dos Direitos dos Jornalistas (II)
"Mais de 1200 jornalistas foram assassinados nos últimos 10 anos. 131 só desde o início de 2007. E outros mil, em especial os que trabalham em zonas de conflito, foram vítimas de agressões ou de intimidações na última década. Os números foram divulgados recentemente pelo subdirector geral-adjunto para a Comunicação da UNESCO, Mogens Schmidt, com base num relatório da organização. Citado pelo diário El Mundo, o responsável avisou que os ataques a profissionais da comunicação social "são um fenómeno que não pára de aumentar".O Iraque continua a ser o país onde morrem mais jornalistas, repórteres de câmara e fotográficos, devido ao conflito de guerra que enfrenta. No entanto, Mogens Schmidt fez questão de frisar que os assassinatos e ameaças a jornalistas não são exclusivos dos países que estão em conflito ou com regimes de ditadura. "Há países onde reina a paz e a democracia e sem qualquer tipo de embargos, onde jornalistas são assassinados por revelar casos de corrupção ou criminalidade que envolvam as autoridades", alerta o responsável da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). O relatório da UNESCO surge numa altura em que o repórter fotográfico japonês Kenji Nagai, de 50 anos, que trabalhava para a Agência France Press, foi morto nas ruas de Rangún em Myanmar (Birmânia) e pelas autoridades locais, que disparavam contra manifestantes. Outro jornalista tinha já sido atingido pelas mesmas forças". (Catarina Vasques, DN de Lisboa)
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