Pulhice ou embuste?

Há uma coisa que me faz uma confusão enorme, e que pelos vistos ninguém - que deveria tê-lo feito - desmentiu: o DN local de ontem dava conta que a família do chamado "menino azul", que tem de se arrastar de feira em feira para obter os recursos financeiros necessários ao tratamento do rapaz, terá sido aconselhada a não se deslocar ao Funchal nem a se encontrar com Alberto João Jardim. Se realmente foi isso que aconteceu - e não acredito em invenções do jornalista - estamos perante uma canalhice sem adjectivação possível, própria de pulhas e de gente sem escrúpulos. Se não for assim, apenas podemos estar perante um embuste informativo. Em que ficamos afinal? O que conta - porque no fundo é isso que vale - é que o "menino azul" e a sua mãe, conhecida pela frontalidade e pela forma abnegada como defende, e bem, o seu rebento, estarão no Porto Santo, na Expo Ponto Santo 2007, porque obrigados a percorrer o país em busca de recursos que o Estado deveria propiciar a um infeliz rapaz, vítima dupla de um infortúnio bastante raro e lamentável.