quarta-feira, agosto 29, 2007

Política: o risco das encenações...

Escrevi há dias neste blogue ("Corporativismos...") que "quando se trata de encenações corporativistas fico logo desconfiado. Por um lado porque não é por causa disso que a especulação, neste caso concreto, acaba. Depois porque uma coisa é a solidariedade política, e essa deve estar presente, sem grandes festanças - até porque o líder do PSD já o tinha afirmado e não me parece que o partido se tivesse transformado em "quintinhas"... - outra coisa é ver pessoas abordar um assunto que desconhecem em absoluto - refiro-me ao tal relatório. Por isso, acho que depois desta primeira encenação provavelmente vai sendo tempo das pessoas se preocuparem com as muitas coisas com que se confrontarão nas suas freguesias, porque é com isso que se perde ou ganha votos. Repito, acho bem, a solidariedade política a MA, mas tudo pode ser feito de uma forma discreta, sem encenações, sem dar a ideia de que alguém andou a preparar tudo. E depois não me parece que as solidariedades políticas funcionem agora por freguesia ou por concelho...". Tenho para mim que os anos passam e as pessoas não aprendem. Continuam erradamente a acreditar que os cidadãos engolem tudo em seco e que não gozam com as argoladas. O DN local de hoje fala numa situação - em relação à qual eu juro-vos que desconheço em absoluto - de encenação fabricada. Eu não comento, porque já disse, antecipadamente, o que tinha a dizer. Direi apenas que em política, tudo se sabe... O único reparo que quero fazer à notícia do DN local - mais um comentário pessoal - é que os partidos têm naturalmente "máquinas", mas que as posições de um dos seus membros, seja ele quem for, não vinculam, nem os demais membros dessa "máquina" nem esta própria enquanto tal. E que isto fique de uma vez por todas esclarecido.

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