sexta-feira, agosto 31, 2007

Nota II

Eu já aqui afirmei e volto a repetir. Na política, sobretudo no processo de decisão institucional, existem vários patamares de intervenção, cada qual com o seu poder. Obviamente que saio os políticos eleitos, em última instância, aqueles que assumem, a responsabilidade pelo que é decidido. Mas ao nível das segundas e terceiras linhas, existem situações conspurcativas, que em certa medida manipulam e acabam por ter um impacto negativo sobre os políticos, ou pela cumplicidade, ou pelo protagonismo na tentativa de influenciar decisões superiores, etc. Portanto, quando se fala na administração pública, nos erros, nas deficiências nas situações ilegais, etc., temos quase sempre a tendência para sacrificar políticos, deixando a tal “formiga branca” à vontade para continuar a movimentar-se e a fazer o que bem entende nos bastidores. Julgo que muitos cidadãos madeirenses, porventura terão mais razões de queixa, em várias situações, do que dos políticos, mas acabam naturalmente por responsabilizar estes porque, repito, são eles em ultima instancia que tem o dever de decidir, mas devem faze-lo em função de um conhecimento de causa que, sem ser profundo, se exige seja adequado. E que isto fique bem claro: eu sei, mesmo antes de Raimundo Quintal o ter referido – por experiência própria, presumo, dado que foi vereador – que andavam alguns “figurões”, que discretamente entram e saem do serviço, com um indisfarçável nervosismo, pretendendo insistentemente saber que tipo de auditoria seria feita, se estavam ou não envolvidas entidades policiais, etc.

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