O PS-Madeira anunciou esta semana que vai pedir o apoio de outros partidos da oposição regional – pelo menos a três deputados – que viabilizem a proposta de alteração ao Estatuto da Região Autónoma da Madeira, para que as incompatibilidades, actualmente vigentes na Assembleia da República e nos Açores, vigorem também na Madeira. Como se os problemas estatutários da autonomia se limitassem à inclusão, ou não, das questões relacionados com as incompatibilidades. Desconfio que o PS local, apesar da mudança de líder – que continua a não trazer nenhuma mudança, contrariamente ao que anunciou (mudança essa que seria útil para a oposição regional, particularmente para os socialistas), facto que tem indiscutivelmente alguma coisa a ver com o facto de João Carlos Gouveia se encontrar manietado, refém do processo que o levou à liderança dos socialistas locais – continua a não perceber (ou não quer perceber?) a posição dos social-democratas, que é depois de 6 de Maio a mesma que tinha antes das últimas eleições legislativas regionais: qualquer alteração ao Estatuto depende do processo de revisão constitucional de 2009, pelo que, cabendo apenas à Assembleia Legislativa da Madeira a iniciativa de propor a São Bento qualquer alteração ao Estatuto, podem os socialistas reunir à sua volta quem entenderem, que o assunto não passará com o voto da maioria social-democrata que aguarda a evolução do processo de alteração da lei fundamental.
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