Aviacção: contado ninguém acredita...
Um dirigente do Sindicato de Handling disse à Lusa ser uma "gravíssima violação às regras de segurança internacional" que passageiros tenham faltado ao embarque no domingo passado e o avião tenha levantado voo com as bagagens deles. André Teives comentava assim o facto de pelo menos uma família de quatro pessoas, aparentemente por distracção, ter perdido o voo para uma cidade espanhola numa companhia de "low cost" e o avião ter levantado voo sem terem sido desembarcadas as bagagens dos passageiros em falta. O incidente ocorreu no segundo dia da greve dos trabalhadores de "handling" da Groundforce, em que se registaram atrasos nos voos devido à paralisação no serviço de bagagens. André Teives, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Handling de Aeroportos (STHA) disse que o facto constitui uma "gravíssima violação das regras de segurança internacional e do INAC" (Instituto Nacional de Aviação Civil). A agência Lusa tentou confirmar junto do INAC se o procedimento pôs em causa as regras para o sector, mas o organismo não respondeu em tempo útil. Trata-se de "um item de segurança importantíssimo", disse André Teives. Um elemento da família que ficou em terra, enquanto as bagagens seguiam viagem, também estranhou o facto e disse à Lusa ter contactado a ANA (Aeroportos e Navegação Aérea) sobre a legalidade do ocorrido.
"Da ANA disseram-me que nada impede o comandante de levantar voo, porque se trata de bagagem de porão que já passou pelos Raios-X, não havendo, portanto, segundo a ANA, problemas de segurança", disse aquele elemento à Lusa. António Matos, porta-voz da Groundforce, disse à Lusa não ter conhecimento do incidente, acrescentando que a decisão de levantar voo pertence ao comandante, depois de receber "a informação sobre o 'link' [relação] entre passageiros e bagagens". André Neves explicou que é um TTAE (técnico de tráfego e assistência em escala), um elemento do serviço de "handling" na placa, quem dá o "clearance" [autorização] para que o comandante ponha os motores em marcha depois de acomodada a bagagem. "Se houver discrepância entre passageiros e bagagens, as bagagens não seguem sem os passageiros, têm de ser retiradas, nem que isso demore duas horas", disse André Teives (fonte: Diário Digital). É a bandalheira instalada...
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