sexta-feira, março 23, 2007

Tontices e o balão

Eu achei graça à reportagem de Sara Silvino, na “Tribuna” de hoje, sobre o balão. Não se trata do trabalho da jornalista, mas do tipo declarações do estrangeiro dono do Balão, vergonhosas, para o director regional de Turismo e que de viam dar origem a uma reacção imediata do Governo regional perante um pateta alegre que se julga (mais um) ”salvador” do turismo regional. Ele ainda não percebeu o essencial: ninguém está contra a porcaria do balão. Mas que ele é um mamarracho que representa uma vergonha estética para a cidade, disso não duvidem. O balão que seja mudado de lugar. Penso que essa é a única solução que a CMF deve tomar neste momento. Mesmo assim eu deixo a seguinte passagem:
“O "Balão Panorâmico" vai voltar e ficar no mesmo local (...) Gary Stevens lamenta o sucedido ocorrido com o balão, mas lamenta ainda mais as críticas que foram apontadas - já desde o início da sua colocação - não entendendo as razões. Salientou que trouxe a ideia do balão há sete anos e que, nessa altura, as pessoas acharam que seria uma boa ideia. O mesmo foi apresentado para concurso público. Todos sabiam sobre o balão dois anos antes da sua colocação e ninguém reclamou. Existem 15 balões em todo o Mundo e o único sítio onde as pessoas se queixam é aqui, na Madeira. Garante que o balão é seguro e que nunca ninguém teve qualquer acidente nele. É mais provável ter um acidente de carro do que no balão. Quanto à localização: "A razão porque o balão está naquele local é porque procurámos, durante dois anos, outra alternativa e não a encontrámos. No Lido, Tecnopolo, Parque de Santa Catarina, não havia local possível."
"Balão paga renda mais alta da Europa"
Comentou que paga 30% de renda à Câmara do Funchal, a mais alta da Europa. Em Londres, num sítio muito melhor do que aqui, paga-se 6%. Em 18 meses, pagou 200.000 euros. Stevens sublinha que os turistas gostam de andar no balão e não criticam, pelo contrário, e a Madeira precisa do turismo. "O que a Madeira tem agora são restaurantes e hotéis vazios. Nós dependemos do turismo e o turismo na Madeira é um desastre. As receitas têm baixado entre 30 a 40%." Aponta culpas: "O problema é que temos um jovem director do turismo cuja única experiência no sector foi gerir um cinema. Em 20 anos de experiência neste sector, já esqueci mais coisas sobre o turismo do que este director alguma vez vai aprender. Não podemos ser cirurgiões num hospital, sem primeiro termos aprendido desde o início. Como é que alguém pode governar uma área importante como o turismo se não faz ideia sequer do que é uma companhia de excursões. As pessoas têm de acordar porque isto é um assunto sério", referiu. "Quando António Trindade, do Grupo Porto Bay, fala toda a gente o ouve. Ele contradiz tudo, fala a verdade sobre a realidade do turismo." Adianta: "A Madeira é o único destino, na Europa, que não aceita outras companhias aéreas nacionais por uma única razão: proteger a TAP. Com isso sofremos todos. Hoje em dia, toda a gente faz reservas de hotéis e de voos, na Internet, e alugam carros também. A Madeira é excepção. Está 100% dependente do antiquado método que controla a ilha enquanto não for liberalizado o aeroporto", realçou.
"O serviço de Meteorologia pode custar a vida das pessoas"
Segundo o Instituto de Meteorologia, o balão poderia funcionar 360 dias ao ano mas, na realidade, apenas funciona cerca de 150 por causa do vento. Gary Stevens critica as informações facultadas pela entidade em que as mesmas "não são fiáveis", porque os dados divulgados na página da Internet e a informação que lhe é facultada não correspondem à realidade. Conhece o sentido e a intensidade do vento sem precisar de dados porque não acredita neles. Realça: "O serviço de Meteorologia pode custar a vida das pessoas."

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