
Este facto merece-me duas notas apenas: a primeira, a de que o PND funciona cada vez mais – e vamos ver isso - como uma espécie o “PT da direita”, albergando candidatos, muitos dos quais estiveram situadas na área do CDS/PP, associados a outras figuras locais, de ressabiados ou não, com antiga militância noutros partidos, e que hoje pertencem a uma alegada casta” de “iluminados” que se assumem como marginais da política regional.
Baltasar de Carvalho Machado Gonçalves de Aguiar, advogado, fundador do partido - cunhado de Manuel Monteiro, filho do dr. Baltazar Gonçalves, respeitado advogado madeirense, ex-Secretário de Estado do Turismo e líder do CDS/Madeira e antigo deputado regional que protagonizou, entre 1976 e 1980, na Assembleia Legislativa, alguns dos mais espectaculares e brilhantes debates políticos com Alberto João Jardim - será o cabeça de lista, tal como foi em Fevereiro de 2005, nas legislativas nacionais.
A segunda nota prende-se com os motivos da participação do PND. Eu penso que foram os independentes do Partido da Terra que empurraram o PND para estas eleições regionais e com base neste princípio: se nas legislativas de 2005 o partido obteve na Madeira 1.880 votos (1,3%), beneficiando da “sangria” que foi então imposta ao CDS/PP de Portas, e como se estima que cerca de 2.600 a 2.700 votos podem significar um deputado, então eis o motivo dessa participação. O problema é saber, se o PND, caso se confirme – eu não acredito nisso – a eleição desse deputado, o fará á custa de quem, se do CDS/PP, se do PS, se do PSD.
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