Depois do país
latino-americano surgem a Arábia Saudita, o Canadá, o Irão e o Iraque com mais
reservas de petróleo. EUA vão retomar as sanções contra setor petrolífero e de
gás da Venezuela. A Venezuela tem 300,9 mil milhões de barris de reservas
comprovadas de petróleo bruto, as maiores do mundo, segundo dados divulgados
pela empresa estatal Petróleos da Venezuela SA (PDVSA).
Os dados foram
divulgados através da rede X (antigo Twitter), onde a PDVSA precisa que a maior
parte das reservas comprovadas, 279,1 mil milhões de barris, estão na Faixa
Petrolífera do Orinoco Hugo Chávez, no sudeste do país.
Por outro lado, 20.330 mil milhões de barris estão entre os estados de Zúlia e Falcón (noroeste). Há ainda 1.088 mil milhões de barris entre Barinas e Apure (sudoeste) e 343 mil milhões de barris em Carúpano (nordeste). Segundo a imprensa local, a Arábia Saudita está em segundo lugar em reservas globais comprovadas com 298 mil milhões de barris e na terceira posição está o Canadá com 170 mil milhões
Na quarta e quinta
posição estão o Irão e o Iraque, com 156 mil milhões e 145 mil milhões,
respetivamente. Ainda segundo a imprensa local a Venezuela prevê atingir, em
2024, a meta de produção de mais de um milhão de barris diários, 27,7% mais que
a média de 783 mil barris produzidos por dia em 2023.
Na terça-feira os
EUA anunciaram que vão reativar as sanções contra o setor petrolífero e do gás
venezuelano, denunciando o incumprimento por Caracas dos compromissos assumidos
com a oposição, em outubro de 2023, tendo em vista as eleições presidenciais deste
ano na Venezuela.
“Na ausência de
progresso (…) incluindo permitir que todos os candidatos presidenciais
concorram nas eleições deste ano, os Estados Unidos não renovarão a licença
[autorizando a compra de petróleo e gás venezuelano] quando esta expirar em 18
de abril de 2024”, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew
Miller, em comunicado.
O governo
norte-americano considera que “as ações de [o Presidente] Nicolás Maduro e dos
seus representantes na Venezuela, incluindo a prisão de membros da oposição
democrática e a proibição de candidatos concorrerem nas eleições presidenciais
deste ano, são inconsistentes com os acordos” assinados pelos representantes do
Presidente venezuelano e da Plataforma Unitária, da oposição.
O anúncio teve
lugar depois de, em 26 de janeiro, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela
confirmar que a vencedora das eleições primárias da oposição, Maria Corina
Machado, não poderá concorrer contra Maduro nas presidenciais, previstas para o
segundo semestre. Em resposta, o governo da Venezuela ameaçou rever os
mecanismos de cooperação bilateral entre Caracas e Washington e revogar de
imediato os voos de repatriação de venezuelanos.
“Se derem o passo em falso de intensificar a agressão económica contra a Venezuela, a pedido dos lacaios extremistas do país (…), qualquer mecanismo de cooperação existente será revisto como contramedida à tentativa deliberada de atacar a indústria petrolífera e de gás venezuelana”, anunciou a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez, na X (Lusa)
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