segunda-feira, setembro 23, 2024

Ryanair pressiona Governo português para reduzir tarifas aeroportuárias

Depois da pressão estabelecida junto do Governo liderado por Pedro Sánchez, a imprensa económica em Espanha avança que a companhia aérea está determinada em aplicar a mesma tática noutros mercados onde opera como Alemanha, Itália, Grécia e Portugal. A Ryanair colocou Portugal no seu “mapa de pressão” de forma a que o Governo luso seja obrigado a baixar as taxas aeroportuárias, de acordo com informação avançada pelo “Cinco Dias” esta terça-feira. Detalha o caderno de economia do “El País” que a “tática” será parecida àquela que foi efetuada pela companhia aérea em Espanha. Depois da pressão estabelecida junto do Governo liderado por Pedro Sánchez, a imprensa económica em Espanha avança que a companhia aérea está determinada em aplicar a mesma tática noutros mercados onde opera como Alemanha, Itália, Grécia e Portugal.

A Ryanair aproveita o facto de estar a crescer na Europa para assumir uma posição de força junto dos Governos e gestores aeroportuários de forma a que estes decisores possam aplicar cortes nas taxas aeroportuários. Recorde-se que a companhia low-cost já apresentou previsões para um forte crescimento no próximo ano e fez saber está disposta a premiar os destinos que possam de alguma forma facilitar a política da Ryanair de estabelecer preços baixos. Assim, a Ryanair coloca pressão sobre as políticas tarifárias e em troca reforça esses destinos para o plano de verão de 2025.

Em julho deste ano, o presidente executivo do grupo Ryanair, Michael O’Leary, afirmou que em muitos mercados internacionais as taxas aeroportuárias estão “muito mais baixas que o esperado”. “Graças a essas taxas mais baixas, estamos a ver grandes ganhos de quota de mercado pela UE [União Europeia], Itália Espanha, Polónia”, afirmou em conferência de imprensa o presidente executivo do grupo Ryanair, que afirmou que esse crescimento não deverá ocorrer em Portugal.

“Não vamos crescer este ano em Portugal devido aos altos custos impostos pelo monopólio de aeroportos da ANA”, sublinhou, apontando que a empresa tem registado grandes ganhos nos mercados de Copenhaga, Polónia, Marrocos, Jordânia e Albânia. Segundo a Ryanair, ao oferecer custos competitivos, a ANA estará a “restabelecer o crescimento da economia, empregos e a indústria do turismo em Portugal”. Perante uma perspetiva sem crescimento nos aeroportos nacionais, a companhia aérea disse ter enviado, “em maio ou em junho”, um documento ao Governo, mas que ainda não se encontrou com o atual ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz. “Queremos continuar a crescer em Portugal. Apresentamos um plano audacioso ao Governo português sob o qual iríamos duplicar o nosso tráfego de 13,5 milhões para 27 milhões de passageiros até 2030”, disse Michael O’Leary (Jornal Económico, texto do jornalista José Carlos Lourinho)

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