Caio Apuleio Diocles nasceu em Lamecus, actualmente Lamego, e tornou-se um dos maiores aurigas da Roma Antiga, tendo amealhado mais de 15 mil milhões de dólares ao longo da sua carreira. Portugal é muitas vezes descrito como um belo jardim à beira-mar plantado e parece que para além disso, este nosso pequeno rectângulo de território também tem um talento especial para criar atletas multimilionários. Em 2020, Cristiano Ronaldo tornou-se o primeiro futebolista a acumular mais de mil milhões de dólares desde o início da carreira. Mas se acha que esta marca do craque português é imbatível, é melhor tirar o cavalinho, ou a quadriga, da chuva, já que um auriga na Roma Antiga, também nascido em Portugal, fê-lo. Caio Apuleio Diocles era um famoso condutor de quadrigas, um desporto que era o equivalente aos ralis ou à Fórmula 1 do Império Romano, e ainda hoje reina como o atleta mais rico da História, relata o Ancient Origins. Apuleio Diocles ganhou o equivalente a 15 mil milhões de dólares ao longo da carreira, de acordo com um estudo de 2010 de Peter Struck, professor de estudos clássicos da Universidade da Pensilvânia, que analisou registos históricos para calcular este valor.
Caio seria mesmo cinco vezes mais bem pago do que o governador da sua província e a sua fortuna daria para abastecer Roma de cereais durante um ano. Em comparação, CR7 ainda tem muito dinheiro para ganhar para conseguir competir. Nascido por volta de 104 D.C., o berço de Caio foi na antiga Lusitânia, mais especificamente na capital em Lamecus, que actualmente corresponde a Lamego, em Portugal. A cidade tem até uma estátua e azulejos em honra do atleta. O condutor de quadrigas começou a sua carreira aos 18 anos em Ilerda, a actual Lérida, na Catalunha. Depois de um arranque promissor, Apuleio Diocles seguiu-se para o Circo Máximo, em Roma, onde se realizava o maior campeonato do desporto.
Lá, adoptou o nome profissional de “Lamecus”, em honra à sua cidade-natal. Ao longo de uma carreira de 24 anos, o atleta participou em 4257 corridas e venceu 1462. Sem patrocínios ou direitos de imagem para vender, a única fonte da fortuna do corredor eram os prémios do campeonato. Para os romanos, as corridas de quadrigas eram o desporto de eleição. A iniciativa partiu dos Imperadores que queriam oferecer uma distracção à população e procuravam aumentar a sua popularidade.
As provas estavam envoltas em grandes rituais e iniciavam-se com uma procissão sagrada desde as ruas até ao Circo Máximo, que acolhia até 200 mil pessoas. Apesar da popularidade do desporto, os corredores não eram vistos como grandes estrelas e eram até ostracizados por competirem por dinheiro.
Tal como os gladiadores, muitos eram escravos ou cidadãos de segunda e era raro que algum corredor ocupasse a um cargo público ou tivesse plenos direitos. O que torna a carreira de Caio Apuleio Diocles ainda mais notável foi a sua longevidade, as corridas de quadrigas eram notoriamente perigosas e uma queda significava muitas vezes que se seria pisado pelos cavalos dos rivais ou arrastado pela arena. Por esta razão, muitos dos atletas não chegavam à casa dos 30 anos. O exemplo de Diocles foi bem diferente, tendo-se reformado aos 42 anos, após mais de 20 anos no topo do desporto, e decidido ir viver calmamente na Itália rural com a sua família (fonte: Internet)
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