segunda-feira, setembro 23, 2024

Nota: armadilhas e hipocrisia

O PSD-Madeira não pode cair ingenuamente em armadilhas montadas por alguns partidos da oposição conjugada que aparentemente "radicalizam" o discurso contra o Chega - tentando por essa via incomodar este partido e "obrigá-lo" a derrubar o governo de Albuquerque - mas ao mesmo tempo, em Lisboa, na Assembleia da República, não se incomodam nada quando o Chega vota e aprova ao lado dos socialistas, propostas que têm sido impostas, recorrentemente, ao governo minoritário de Montenegro, que continua a ter dificuldade em perceber que dificilmente pode continuar com esta palhaçada e sair politicamente impune, fazendo de conta que o Chega não existe ou que não tem uma estratégia parlamentar assente nos "miminhos" a Ventura. Para além de ser mais do que evidente que sectores da oposição à esquerda, na Madeira, nomeadamente PS e JPP, tentam provocar o Chega "obrigando-o" a derrubar o governo minoritário de Albuquerque - apesar de tudo o que dizem do Chega na agenda política e mediática... correspondendo assim à estratégia e aos desejos dos derrotados nas urnas, em Maio passado, também é sabido que o PS de Pedro Nuno dos Santos, em Lisboa, sabe que sem os votos dos 50 deputados do Chega, os socialistas não aprovam nada na Assembleia da República, rigorosamente coisa nenhuma. Uma dessas armadilhas habilmente colocadas no caminho do governo liderado pelo PSD de Montenegro tem a ver com o Orçamento de Estado para 2025, quando supostamente seria possível algum entendimento - não falamos nem de questões ideológicas, de valores e de princípios, nem de reforma constitucional, nem de legislação complexa e mais delicada relacionada com cidadania, com liberdades políticas e individuais, com direitos e deveres. Parece que ninguém quer eleições antecipadas, por temerem ser penalizados nas urnas. Parece ser generalizada a ideia de que os portugueses desejam estabilidade e não crises sobre crises, aliás como uma recente sondagem o demonstrou, inequivocamente. Mas os partidos ou não entendem, ou não querem entender essas duas premissas e comportam-se deliberadamente com o propósito de criarem condições a que essa opção – eleições antecipadas – seja a única alternativa a restar ao Presidente da República, no momento da tomada de decisões. Que em caso de não aprovação do OE opara 2025 não hesitará em dissolver o parlamento e convocar novas eleições antecipadas, como já o referiu publicamente (LFM)

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