sexta-feira, setembro 18, 2020

Nota: tenham mas é juízo, se fazem o favor

Tenham mas é juizo e deixem de misturar alhos com bugalhos e de andarem a perder tempo com palermices. A governação regional é uma coisa, a governação autárquica é outra. Há que relativizar e circunscrever as diferenças, respeitando a independência obrigatória das instituições (partidos) protagonistas destes processos eleitorais. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O erro foi quando, por razões dfe sobrevivência que me escuso de enumerar, tentaram manipular e chantagear o processo de constituição das candidaturas autárquicas, misturando tudo, enganando as pessoas e manipulando o processo eleitoral. A imposição de coligações a partir dos sofás aveludados do poder no Funchal, aos demais concelhos e freguesias, e a confusão repetidamente feita entre a realidade regional com a realidade autárquica, será um dos maiores crimes políticos desta coligação no poder que já todos perceberam que ainda não foi capaz de mostrar que é adulta, de abandonar a vergonha intriga de bastidores que fragiliza e desacredita, e de se consolidar pelo menos numa Legislatura. Se o fizerem os partidos protagonistas desta coligação merecem ser derrotados e escorraçados.
O que vem ai, as dificuldades enormes que esperam a Madeira, os problemas graves que os madeirenses enfrentarão e que tratarão muitos dramas sociais que demorarão tempo a superar, exigem que esta gente no poder tenha juízo reforçado e deixem de misturar o que não pode nem deve ser misturado. Se tentarem impor coligações autárquicas reafirmo o que escrevi:  será o princípio do fim desta coligação e não acredito que a pouca vergonha e o descaramento cheguem ao ponto de haver negociatas partidárias de esgoto já engendradas, isto em caso de uma crise política. Tudo isto em nome das exigências decorrentes de vaidades pessoais que por ai andam, de egos complicados, de fuga a um eventual desfecho eleitoral regional antecipado. Por acaso já perceberam como se vão realizar as próximas eleições, como vai ser a próxima campanha eleitoral , tudo isto em ambiente de pandemia? Qual o impacto de um distanciamento ainda maior do que já acontece, nos valores da abstenção e na efectiva representatividade (não confundir com legitimação) dos eleitos? Por acaso já entenderam o que as pessoas pensam e querem,  e quais as suas prioridades reais? Deixem-se destas idiotices e sobretudo destes recados cruzados deliberadamente enviados de um lado para outro através de jornais e que apenas geram dúvida, incerteza, fragilidade e instabilidade política. Cheira a mediocridade. Estamos entendidos?
Já uma vez escrevi e volto a repetir: na minha vida profissional, enquanto jornalista, votei sempre nas eleições nacionais apenas na lista afecta ao PCP que se candidatava à direcção do Sindicato dos Jornalistas. Porque era a única que eu sabia que, naquela época, lutaria pelas pessoas, pela defesa dos direitos dos jornalistas, pela sua carreira, pelos seus rendimentos, etc. E hoje não me arrependo de o ter feito, de ter recusado votar em listas afectas a outros partidos. Hoje não sei como as coisas funcionam, também isso não me interessa, porque sei que a realidade jornalística hoje nada tem a ver com o que se passava nos anos setenta, oitenta e noventa. E não confundo as coisas, até porque em eleições fora do universo jornalístico, nunca votei no PCP, porque a minha opção pessoal que referi estava limitada ao pequeno e circunscrito universo jornalístico (LFM)

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