Estado conta gastar 15.750 milhões
em pensões (velhice, sobrevivência e invalidez). O equivalente a metade desse
valor será gasto em juros da dívida – 7.426 milhões, um recorde. A proposta de
Orçamento do Estado para 2016 prevê uma despesa de 15.750 milhões de euros com
pensões, um aumento de 484 milhões em relação a 2015. Este deverá ser o gasto
total com pensões de velhice, invalidez e sobrevivência. Em comparação, o
equivalente a metade deste valor é gasto com juros da dívida. Os 7.426 milhões
gastos na rubrica de juros da dívida são um recorde absoluto.
O Estado conta gastar 8.120 milhões
de euros em juros e outros encargos da administração central (uma subida de
4,4% face ao que foi a despesa comparável em 2015). A desagregação deste valor
mostra que o custo com pagamento de juros da dívida pública sobe 5,4% (para
7.426 milhões) e a despesa com encargos com a dívida das empresas públicas
reclassificadas (EPR) – Parpública, Infraestruturas de Portugal e CP – desce
5,6%. A despesa com juros e outros
encargos apresenta um acréscimo de 4,4% em resultado do aumento dos juros da
dívida pública direta do Estado sobretudo em face do stock de alguns
instrumentos de dívida, redução de amortizações antecipadas do empréstimo do
Fundo Monetário Internacional a realizar em 2016 e acréscimo das emissões de
Obrigações do Tesouro sindicadas que conduzem a um aumento das comissões a
suportar nessas operações. Em 2015, o gasto com juros foi de
7.044 milhões, em 2014 de 7.028 milhões e em 2013 de 6.803 milhões de euros.
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