terça-feira, novembro 03, 2015

CAIS 8: o funeral? Ou a falta de uns murros na mesa

O que se passou ontem e hoje com o Braemer da Fred Olsen Lines, no que à acostagem do novo cais 8 diz respeito - devido a obras em curso no chamado cais Norte da Pontinha - pode ser o fim desta estrutura. Sobretudo depois do que se passou com o Britânia e com a recusa  do Aida que terá ameaçado trocar a Madeira pelas Canárias, ao que me consta, caso o obrigassem a encostar no novo cais. Depois de ter andado a saltar ontem do cais 8 para o molhe da Pontinha hoje o Braemer foi obrigado a ficar ao largo (ver foto do DN-Funchal), porque os portos já tinham compromissos assumidos com outras escalas. A minha dúvida é se os portos da Madeira assumiram compromissos com operadores de cruzeiros e que devido aos problemas surgidos com o cais 8 sejamos confrontados com mais procura do que a nossa capacidade de oferta, com tudo o que de negativo daí resulta. Acho muito sinceramente que esta questão deixou de ser técnica, deixou de ser apenas da responsabilidade de um serviço específico ou de secretário regional e passou a ser política. Ou seja, para ser claro e nem sequer deixar dúvidas: o Presidente do Governo, perante a realidade - porque é essa que conta e não andarmos a lembrar posições ou expressar opiniões que já todos conhecemos - deve fazer um ponto da situação, chamar à mesa todos os interessados neste assunto e se necessário for dar um murro na mesa. Isto não pode continuar assim. Disseram-me que ontem o Braemer teve que baixar a escada virada a sul, para o mar, e usar baleeiras, para transportar passageiros para terra porque não foi possível utilizar as escadas que deviam permitir a utilização do novo cais 8.

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