quinta-feira, outubro 23, 2014

Quem serão os "passistas" do PSD-Madeira?



Hoje apetece-me colocar duas questões muito concretas, que são essencialmente duas dúvidas: considerando a corrida eleitoral em curso no PSD da Madeira, para a respetiva liderança da Comissão Política - oportunamente opinarei sobre alguns dos assuntos que têm sido referenciados nos últimos tempos, desde o chamado “jackpot”, à lei eleitoral, dos simpatizantes à redução de deputados, passando pelas lições que as "primárias" do PS deveriam ter dado (mas desconfio que não deram) aos interessados, tudo matérias que dizem diretamente respeito aos social-democratas madeirenses e à essência subjacente a esta corrida - será que faz sentido, como temos constatado, que para atacar o PSD, ou mesmo o seu atual líder, os partidos da oposição regional se limitem a citar, repetidas vezes, declarações de alguns dos candidatos envolvidos nesta disputa? Achará o PSD mais profundo, aquele partido mais puro, mais basista, mais distante da intriga de bastidores, um partido nada elitista que não quer poder, onde a ética, a coerência e a fidelidade política ainda predomina acima de tudo, incluindo da discordância, que é natural que isso aconteça? A segunda questão, igualmente concreta, tem a ver com uma dúvida que me intriga: será que os militantes do PSD regional, que no fundo são os eleitores neste processo de escolha e de decisão em curso, conseguem identificar os candidatos que subscrevem totalmente (embora não tenham a coragem de o assumir) a política desastrada (por causa da metodologia adotada e pelo impacto social dela resultante) do governo de coligação lisboeta e o radicalismo fundamentalista de Passos Coelho? Talvez fosse bom que o fizessem a tempo, pelo menos antes que os eleitores madeirenses em geral - nomeadamente os funcionários públicos, pensionistas, reformados, etc – certamente que em tempo oportuno o farão.