Hoje
apetece-me colocar duas questões muito concretas, que são essencialmente duas
dúvidas: considerando a corrida eleitoral em curso no PSD da Madeira, para a
respetiva liderança da Comissão Política - oportunamente opinarei sobre alguns
dos assuntos que têm sido referenciados nos últimos tempos, desde o chamado
“jackpot”, à lei eleitoral, dos simpatizantes à redução de deputados, passando
pelas lições que as "primárias" do PS deveriam ter dado (mas
desconfio que não deram) aos interessados, tudo matérias que dizem diretamente
respeito aos social-democratas madeirenses e à essência subjacente a esta
corrida - será que faz sentido, como temos constatado, que para atacar o PSD,
ou mesmo o seu atual líder, os partidos da oposição regional se limitem a citar,
repetidas vezes, declarações de alguns dos candidatos envolvidos nesta disputa?
Achará o PSD mais profundo, aquele partido mais puro, mais basista, mais
distante da intriga de bastidores, um partido nada elitista que não quer poder,
onde a ética, a coerência e a fidelidade política ainda predomina acima de
tudo, incluindo da discordância, que é natural que isso aconteça? A segunda
questão, igualmente concreta, tem a ver com uma dúvida que me intriga: será que
os militantes do PSD regional, que no fundo são os eleitores neste processo de
escolha e de decisão em curso, conseguem identificar os candidatos que
subscrevem totalmente (embora não tenham a coragem de o assumir) a política
desastrada (por causa da metodologia adotada e pelo impacto social dela resultante)
do governo de coligação lisboeta e o radicalismo fundamentalista de Passos
Coelho? Talvez fosse bom que o fizessem a tempo, pelo menos antes que os
eleitores madeirenses em geral - nomeadamente os funcionários públicos,
pensionistas, reformados, etc – certamente que em tempo oportuno o farão.