Garante o Jornal I que "o PS vence as eleições com uma distância de sete pontos sobre a "Aliança Portugal", segundo os dados do barómetro i/Pitagórica para as europeias do próximo domingo. Francisco Assis recolhe 36,6% das intenções de voto, contra os pouco mais de 29% da coligação PSD/CDS. Mas a surpresa da noite, caso as eleições se realizassem hoje, ficaria a cargo de Marinho e Pinto. Recém-chegado às lides políticas, o cabeça de lista do Partido da Terra (MPT) recolhe 5,6% dos votos - uma décima acima do Bloco de Esquerda. A confirmar-se este resultado (o terceiro melhor dos socialistas em escrutínios europeus), o PS sobe 10 pontos relativamente às eleições de 2009, ano em que elegeu sete eurodeputados. A lista encabeçada por Francisco Assis fica, inclusivamente, acima dos valores com que o PSD fechou as contas há cinco anos e que, nessa altura, não permitiram ir além dos oito lugares no Parlamento Europeu, com 31,7% dos votos dos eleitores. Mesmo que na estrada a coligação Rangel/Melo tenha passado duas semanas a apontar o dedo à governação Sócrates, nas urnas a "Aliança Portugal" acusa o peso de três anos de governo. Juntos, PSD e CDS surgem vários pontos abaixo do último resultado alcançado pelos sociais-democratas. Os 29,1% de votos conjuntos com que podem contar este ano não chegam nem perto dos 40,1% que alcançaram anteriormente, se somados os valores de ambos os partidos Uma nota incontornável é o número de eleitores que confessam estar ainda indecisos quanto ao seu sentido de voto (ver página seguinte). Tão significativo quanto essa incógnita - mas certamente mais inesperado - é o resultado que Marinho e Pinto poderá alcançar nestas eleições. O ex-bastonário da Ordem dos Advogados acaba de chegar ao terreno da política, mas surge já em lugar elegível, com 5,6% das intenções de voto. Mais uma décima que a votação conseguida pela lista do Bloco de Esquerda, encabeçada pela eurodeputada Marisa Matias. Pormenor: no barómetro foi dada aos inquiridos a informação de que Marinho se apresenta a eleições pelo MPT. Fica a dúvida sobre se, no dia eleitoral, os eleitores terão associado o rosto do candidato ao nome do partido. Com a fasquia já colocada nos dois lugares em Bruxelas (admitindo, à partida, a perda de um eurodeputado face a 2009), o BE arrisca-se agora a cair metade dos 10,7% dos votos conquistados em 2009 (a sondagem dá 5,5% ao partido), elegendo apenas Marisa Matias. E o resultado não é muito confortável mesmo quanto à eleição da cabeça-de-lista. A perda de votos da CDU é menos significativa, mas também acontece. Segundo o barómetro i/Pitagórica mais recente, os comunistas, com o eurodeputado João Ferreira à cabeça, poderão esperar 9,4% dos votos dos portugueses nestas eleições. Na última votação para Bruxelas, a lista então liderada por Ilda Figueiredo conseguiu 10,7%, correspondendo a dois lugares na Europa.
QUEM É DE QUEM
Olhando para a dispersão de votos, fica claro que os socialistas dominam o eleitorado que está prestes a entrar para a reforma. Quer para os actuais reformados e pensionistas, quer para os futuros, a predominância de votos recai sobre o PS. No entanto, no caso dos eleitores que têm entre 55 e 64 anos, a coligação PSD/CDS fica precisamente a meio dos votos dos socialistas. Enquanto 30,8% dos eleitores desta faixa etária admite votar PS no dia 25, apenas 15,4% deverá assinalar uma cruz no seu boletim de voto no quadrado dos partidos da "Aliança Portugal". Na perspectiva etária, apenas os eleitores mais novos (18-24 anos) referem os partidos da maioria como a escolha número um (21,7% contra os 18,1% que votarão PS). Na divisão por género, o MPT é o partido que menos consegue captar o voto das mulheres. Apenas 3% das eleitoras ponderam votar na lista de Marinho e Pinto. Também aqui o PS controla a votação, com 25,9% dos votos no feminino, valor bastante equilibrado com o dos homens (25,5% votam PS, contra 22% dos votos no PSD). A predominância dos partidos ao centro estende-se à divisão por classes sociais. Em todos os níveis, PSD e PS surgem como a primeira escolha eleitoral, com os sociais-democratas e os centristas a dominar as classes sociais mais elevadas e intermédias (A, B e C1). No caso dos socialistas, a base eleitoral mais forte reside nas classes mais baixas (C2 e D). O BE é o pior classificado em qualquer uma das classes, à excepção da C1, em que supera os votos atribuídos à CDU em 2,4%"
QUEM É DE QUEM
Olhando para a dispersão de votos, fica claro que os socialistas dominam o eleitorado que está prestes a entrar para a reforma. Quer para os actuais reformados e pensionistas, quer para os futuros, a predominância de votos recai sobre o PS. No entanto, no caso dos eleitores que têm entre 55 e 64 anos, a coligação PSD/CDS fica precisamente a meio dos votos dos socialistas. Enquanto 30,8% dos eleitores desta faixa etária admite votar PS no dia 25, apenas 15,4% deverá assinalar uma cruz no seu boletim de voto no quadrado dos partidos da "Aliança Portugal". Na perspectiva etária, apenas os eleitores mais novos (18-24 anos) referem os partidos da maioria como a escolha número um (21,7% contra os 18,1% que votarão PS). Na divisão por género, o MPT é o partido que menos consegue captar o voto das mulheres. Apenas 3% das eleitoras ponderam votar na lista de Marinho e Pinto. Também aqui o PS controla a votação, com 25,9% dos votos no feminino, valor bastante equilibrado com o dos homens (25,5% votam PS, contra 22% dos votos no PSD). A predominância dos partidos ao centro estende-se à divisão por classes sociais. Em todos os níveis, PSD e PS surgem como a primeira escolha eleitoral, com os sociais-democratas e os centristas a dominar as classes sociais mais elevadas e intermédias (A, B e C1). No caso dos socialistas, a base eleitoral mais forte reside nas classes mais baixas (C2 e D). O BE é o pior classificado em qualquer uma das classes, à excepção da C1, em que supera os votos atribuídos à CDU em 2,4%"