domingo, maio 18, 2014

Estamos a pagar demasiados impostos?

A VISÃO mostra (quase) tudo o que há para saber sobre este mundo tortuoso, em que poucos sabem, de facto, o que andam a pagar. E levanta o véu de um sistema feito para não ser entendido.Acha que paga muitos impostos? Se calhar, em alguns países europeus, há cidadãos com mais razão de queixa. A questão não estará tanto nas taxas, mas nos serviços que o Estado oferece... ou naqueles que temos de pagar novamente. Os nossos impostos financiam o Sistema Nacional de Saúde? Então porque razão são tão altas as taxas moderadoras dos hospitais? Financiam a Educação? Para quê então as propinas? O debate sobre os impostos vai muito para além de uma listagem de taxas e números; ele determina a vontade (ou a falta dela) de sustentar um determinado Estado Social.
O Estado encontra numerosas limitações ao lidar com os impostos e, como em muitos aspetos da nossa sociedade, não é um realidade que esteja inteiramente nas nossas mãos controlar. Por exemplo: é sempre mais fácil carregar nos impostos sobre o trabalho. Este não foge ligeiro para outras zonas do planeta como fazem os capitais, quando as taxas lhes desagradam; nem muda a sua sede para a Holanda, como muitas empresas portuguesas, porque lá o sistema fiscal é mais atrativo. Estes são alguns dos problemas que resultam da inexistência de uma política fiscal comum, a nível da União Europeia. Mas como enfrentar a Inglaterra, com capitais de todo o mundo instalados na sua City? Diz o ditado que há duas certezas na vida: a morte e os impostos. Sim, são inevitáveis. Mas, ao contrário da morte, podemos mergulhar nestas profundezas e voltar para contar a história (texto de Alexandra Correia, revista Visão com a devida vénia)