quarta-feira, outubro 23, 2013

IRS leva corte de 1181 milhões

Garante o jornalista do Correio da Manhã, António Sérgio Azenha, que "o Governo vai retirar às famílias em 2014, por via dos cortes efetuados nas deduções à coleta em sede de IRS em 2012 e 2013, mais de 1181 milhões de euros, face ao quadro fiscal que existia antes da entrada da troika em Portugal. A confirmar-se a previsão do Executivo, no final de 2014, o rendimento dos portugueses sofrerá, por essa via fiscal, uma quebra, de 2631 milhões de euros. O relatório do Orçamento do Estado para 2014 deixa claro que, "entre 2011 e 2014, a despesa fiscal em IRS ter-se-á reduzido em 27,2%, em consequência da limitação e redução substancial das deduções à coleta, tendo a principal diminuição, em cerca de 20,7%, ocorrido no ano de 2012." Ou seja: antes do enorme aumento de impostos em 2013, o Governo de Passos Coelho já tinha aplicado um corte colossal nas deduções na saúde, na educação e na habitação em sede de IRS. Para o bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, Domingues Azevedo, esta realidade "indicia que a classe média é que está a pagar tudo isto [aumento da carga fiscal]." Com a queda da despesa fiscal no IRS de 3504,2 milhões de euros, em 2011, para 2779,3 milhões de euros, em 2012, o Estado reembolsou as famílias em menos 724,9 milhões de euros. Para este ano, prevê que essa despesa caia para 2551 milhões de euros, valor que se manterá em 2014. Resultado: em 2013, face a 2012, as famílias perderão mais de 228 milhões de euros. E igual perda ocorrerá em 2014"