domingo, dezembro 23, 2012

Espanha e França vão ter mais tempo para equilibrarem as contas!

Li no Publico que a Comissão Europeia está "disposta a dar pelo menos mais um ano a cada um dos países para minimizar impacto social das medidas de auteridade. A Comissão Europeia aceitou flexibilizar os prazos dados a Espanha e França, para que os dois países consigam cumprir as metas do défice a que se comprometeram. Contudo, adianta o El País, por agora ainda não é certa a extensão que será dada a Espanha. O jornal espanhol, que cita fontes de Bruxelas e do Governo de Mariano Rajoy, refere que o Fundo Monetário Internacional está disposto a esticar o prazo até mais dois anos, ao passo que o Banco Central Europeu se fica por um ano. Em relação a França, o país contará com mais um ano para cumprir as metas do défice, pelo que apenas terá de ficar abaixo dos 3% do PIB em 2014, e não em 2013 como estava previsto. O objectivo é que o Presidente François Hollande consiga implementar as medidas de forma mais suave e com menos impacto social. A flexibilização do prazo insere-se num conjunto de medidas mais amplas para evitar que o grande esforço para cumprir as metas a curto prazo se traduza num agravamento da recessão nos países que estão com dificuldades. E o mesmo jornal adianta que tanto a Comissão Europeia como o FMI estão a estudar uma possível extensão destas medidas a outros países, como Holanda e Itália. Sobre Portugal nada é referido. As novas metas orçamentais para Espanha só deverão ser oficialmente conhecidas no próximo dia 15 de Fevereiro, ainda que o Executivo já tenha tido conhecimento das mesmas. Pelo que até lá está excluído qualquer possível avanço para um resgate, apesar de o país temer uma nova descida do rating por parte das agências de notação. Aliás, nesta semana o Presidente do Governo espanhol compareceu no Parlamento, onde afirmou que não pediu o resgate financeiro por não lhe ser claro ainda "que isso vá significar condições melhores de financiamento". Acrescentou ainda que, para o Governo espanhol, a União Europeia está a avançar de forma "desesperadamente lenta", mas "na direcção correcta". Espanha mantém, como antes, a decisão de não avançar para um pedido de resgate internacional, mas de manter a porta aberta para essa possibilidade no futuro: "Tomámos a decisão de não o pedir [resgate financeiro] – e isso é uma decisão – e isso não significa que no futuro não tomemos a decisão de pedi-lo", afirmou Mariano Rajoy. No caso das metas de Espanha, o país comprometeu-se a terminar 2012 com um défice de 6,3% do PIB, valor que deveria continuar a baixar para atingir os 4,5% em 2013 e os 3% em 2014. Com a flexibilização o valor deste ano deverá poder situar-se nos 7% e 6% no próximo, ficando a meta dos 3% apenas para 2015 ou 2016. Já Governo francês estabeleceu a meta para a redução do défice orçamental nos 3% no próximo ano, antevendo um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,4% também em 2013 – um valor que tem vindo a ser considerado demasiado optimista por parte dos economistas".