Dúvidas? Diz o Negócios que “segundo o relatório da sexta avaliação da troika ao programa de ajustamento português, a tributação dos rendimentos do trabalho vai assumir quase metade do esforço de ajustamento do próximo ano. O relatório da Comissão Europeia revela uma desequilíbrio já conhecido: 80% da austeridade de 2013 virá do lado da receita. Tendência exactamente oposta aquela que a troika exigia no início do programa e que previa que dois terços do ajustamento fossem realizados com cortes na despesa. "Cerca de 80% do ajustamento orçamental em 2013 virá do lado da receita", pode ler-se no relatório da Comissão, voltando a referir o 'plano B' de cortes na despesa que o governo terá de preparar caso os aumentos de impostos não tenham o efeito antecipado pelo executivo. "Tendo em conta os riscos associados com um ajustamento muito dependente da receita, as autoridades estão a preparar medidas de contingência predominantemente do lado da despesa, de cerca de 0,5% do PIB." No mesmo documento, a Comissão apresenta a divisão dos esforços do próximo ano, mostrando que 42,3% da consolidação será feita através da taxação dos rendimentos do trabalho (IRS), de longe a maior fatia. Em segundo lugar surgem as rubricas dos salários dos funcionários públicos e a Segurança Social, ambos com 11%. Os consumos intermédios, onde estão normalmente as "gorduras do Estado", valem 5,6%”.