quinta-feira, dezembro 20, 2012

2012 foi um ano perigoso para jornalistas, com 88 mortos

Li aqui que “oitenta e oito jornalistas foram mortos no exercício da profissão em 2012, a maioria na Síria, Paquistão e Somália, um recorde desde a publicação do balanço anual dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF), em 1995. Em 2011, o balanço dava conta de 66 jornalistas mortos em todo o mundo. Os 88 jornalistas que perderam a vida em 2012 "foram vítimas da cobertura de conflitos, de atentados ou foram assassinados por grupos ligados ao crime organizado (máfia, tráfico de droga, etc), milícias islamitas ou por ordem de funcionários corruptos", refere a organização. "O número historicamente elevado de jornalistas mortos em 2012 deve-se principalmente ao conflito na Síria, ao caos na Somália e à violência dos talibãs no Paquistão", acrescenta Christophe Deloire, secretário-geral da RSF, em comunicado.  Na Síria, foram mortos 17 jornalistas e 44 'cidadãos-jornalistas' (pessoas que substituem os jornalistas profissionais na cobertura da atualidade). Na Somália, onde a instabilidade política já tem duas décadas, foram mortos 18 jornalistas, duas vezes mais do que em 2009, até agora o ano mais perigoso no país.  Dez jornalistas morreram no Paquistão.  O Comité para a Proteção de Jornalistas (CPJ) apresentou um balanço diferente, com 67 mortos, 28 dos quais na Síria.  "Com 67 jornalistas mortos diretamente no âmbito do seu trabalho em meados de dezembro, 2012 pode tornar-se um dos anos com mais mortes desde que o CPJ começou a referenciar as vítimas em 1992", afirma o comité, com sede em Nova Iorque.  Este número representa um aumento de 42 por cento em relação ao ano anterior, o que se deve ao conflito na Síria, à violência na Somália e no Paquistão e a assassínios de jornalistas no Brasil, explica o CPJ, que ainda está a apurar as circunstâncias da morte de outros jornalistas”.